Os preços do milho no mercado brasileiro continuam encontrando resistência sem ultrapassar R$ 51,00 na B3 e na média do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), segundo informou a T&F Consultoria Agroeconômica. De acordo com as informações, os fatores da alta são o dólar, que incentiva as exportações, e a redução na produção da região Sul.
No entanto, os fatores de baixa são o aumento nos estoques finais, redução da demanda de milho para etanol e fechamentos de alguns frigoríficos. “As elevações constantes do dólar em 2020 incentivaram a demanda das exportações, tanto do grão, como de carnes (que ainda dão suporte às elevações do milho no mercado interno), elevando a cotação a cotação de milho paulatinamente até atingir R$ 60,00/saca no mercado futuro da B3, neste ano, impulsionada, também, pela quebra das safras nos dois principais estados consumidores, RS e SC”, indica.
Além disso, a ARC Mercosul mostra que o milho segue com forte suporte baixista na Bolsa de Chicago e demanda segue depreciada nos EUA com safra positiva que garantirá grande oferta do cereal. “Consumo de etanol nos EUA vem melhorando, mas o ritmo ainda é lento, o que deve gerar novos cortes no consumo total em 2020 e ampliar estoques finais. Mais de 80% das lavouras americanas de milho devem estar plantadas até a próxima segunda. Na Argentina, colheita chega a 40% da área total”, informa.
“Dólar em alta colaborou no suporte as cotações do milho na B3. Queda na semana ficou apenas no contrato Julho/20, mais afetado pela entrada da colheita. Chuvas foram registradas em importantes regiões de safrinha, porém dispersão não foi generalizada, e o risco climático ainda segue presente em localidades do PR, MS, GO e SP”, conclui.