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Preços mundiais dos arroz permanecem estáveis

Preços mundiais do arroz se recuperaram ligeiramente



Tendências do mercado 

Em maio, os preços mundiais do arroz se recuperaram ligeiramente, com um aumento médio de 1,3%, mas mostrando tendências mistas segundo as origens. Na Tailândia, os preços  se recuperaram em 3%, principalmente devido à valorização  do bath em relação ao dólar. Na Índia, os preços também  subiram, mas apenas 1,5%, devido às vendas expressivas para  a África. Por outro lado, os preços permaneceram estáveis no Vietnã, no Paquistão e nos Estados Unidos. No Mercosul, os  preços caíram novamente de 4 a 5% devido à oferta mais abundante em comparação com a safra anterior. A demanda  global continua forte, especialmente na África, estimulada pelos excedentes de exportação, que pesaram sobre os  preços internacionais ao longo de 2025. Apesar do abrandamento da demanda asiática, as perspectivas do comércio mundial indicam um novo aumento para 60,5 Mt, contra 59,7 Mt em 2024. A Índia voltou com força ao mercado  e deve atingir um novo recorde histórico de vendas em 2025  para 24 Mt, respondendo por 40% do comércio mundial de arroz.

 Em maio, o índice OSIRIZ/InfoArroz (IPO) subiu 1,5 ponto, para 196,9 pontos (base 100 = janeiro de 2000), contra 194,4 pontos em abril. Em meados de junho, o índice IPO estava estável em  195 pontos.

Produção mundial  

Segundo as estimativas mais recentes da FAO, a  produção mundial de arroz em 2024 teria aumentado 2,1%, para 823 Mt (546,6 Mt base beneficiado), contra 806,3 Mt em 2023. Esse aumento reflete as boas safras asiáticas, especialmente na Índia, com um aumento de 6%. Em contraste, a produção chinesa teria caído 1% em 2024, mas poderia se recuperar em 2025. A Índia é agora o maior produtor de arroz do mundo, ultrapassando a China. Na África Subsaariana, a  produção teria aumentado 3% em 2024, mas poderia  estagnar em 2025. Na América do Norte, a produção aumentou ligeiramente, enquanto no Mercosul, a  produção de 2025 teria melhorado em 15% em  comparação com as desapontadoras safras de 2024.

Comércio e estoques mundiais 

O comércio mundial de arroz em 2024 aumentou significativamente em 12,6%, atingindo um nível histórico de 59,7 Mt, contra 53,0 Mt em 2023. Esse aumento se deve principalmente à maior demanda de importação das Filipinas e da Indonésia. Na África Subsaariana, o maior mercado de importação, a demanda também cresceu fortemente em 17% e pode aumentar novamente de 15% em 2025. Os países africanos se beneficiaram amplamente das isenções  às medidas de proibição de exportação impostas pela  Índia. Por outro lado, a China reduziu significativamente suas importações em 2024, preferindo usar suas enormes reservas domésticas para atender à demanda interna. A perspectiva para 2025 confirma a recuperação do mercado global observada no último trimestre de 2024. Espera-se que o  comércio mundial aumente 1,4% e atinja um novo  recorde de 60,5 Mt, já 11% da produção mundial de arroz. 

Os estoques mundiais de arroz no final de 2024 se recuperaram em 2,5%, aproximando-se do patamar  histórico de 200 Mt. Em 2025, os estoques podem aumentar novamente em 3,1%, atingindo 208 Mt. As reservas chinesas permaneceram estáveis em torno de 100 Mt, respondendo por 70% do consumo doméstico anual e 50% das reservas mundiais. Na Índia, os  estoques aumentaram em 8%, após a limitação das exportações em 2023 e parte de 2024. Os estoques dos principais países exportadores ficaram em 67 Mt em  2024, representando quase 35% dos estoques mundiais.

Na Índia, os preços do arroz subiram em média 1,5%, impulsionados pela demanda de importação da África. Os estoques públicos estão em níveis recordes. Com o adiantamento da safra Rabi e perspectivas promissoras para a safra Kharif no final deste ano, a Índia deverá colocar volumes significativos de arroz no mercado mundial. As exportações podem atingir 24 Mt em 2025, já 38% a mais em relação a 2024 e representando 40% do comércio mundial de arroz. Em maio, o arroz branco indiano 5% marcou $ 383/t FOB, contra $ 376 em abril. O arroz parboilizado ficou estável em $ 376. Em meados de junho, os preços indianos ficaram estáveis em torno de $ 380.

Na Tailândia, os preços aumentaram de 3%, principalmente devido à valorização do bath em relação ao dólar. A oferta de exportação é satisfatória com a chegada da segunda safra. Por outro lado, a demanda de importação dos mercados tradicionais do Oriente Médio e da América do Norte estimula o mercado de exportação. Em maio, o arroz tailandês 100%B atingiu $ 416, contra $ 406 em abril. O arroz parboilizado foi negociado a $ 413, contra $ 411 anteriormente. O arroz quebrado A1 Super subiu para $ 346, contra $ 340. Em meados de junho, os preços tailandeses ficavam estáveis.

No Vietnã, os preços de exportação permaneceram estáveis dentro de um mercado ativo. As exportações para as Filipinas, o principal destino do arroz vietnamita, estão em andamento. As vendas para a África Ocidental, seu segundo destino, também continuam ativas. O ano de 2025 poderia ser menos difícil do que o esperado, com exportações estimadas em 8,4 Mt, seja uma redução de 7,7% em relação às vendas recordes de 2024. O Vietnã está se tornando o segundo maior exportador do mundo, atrás da Índia e à frente da Tailândia. Em 2025, o Vietnã será também o segundo maior importador do mundo, com compras superiores a 4 Mt. Suas importações, especialmente de arroz casca, serão principalmente de origem cambojana. Em maio, o arroz Viet 5% se negociou em torno de $ 400, contra $ 398 anteriormente. O Viet 25% permaneceu estável em $ 370. Em meados de junho, os preços tenderam a descer devido à redução da demanda externa.

No Paquistão, os preços do arroz permaneceram praticamente inalterados e continuam competitivos em comparação com os preços indianos. Em 2025, as exportações poderão cair para 5,4 Mt, contra 6,5 Mt em 2024. Em maio, o Pak 5% se negociou a $ 391, contra $ 390 em abril. Em meados de junho, os preços paquistaneses tenderam a se fortalecer.

Na China, a produção teria caído 1% em 2024, para 143,3 Mt (base beneficiado), devido às enchentes que afetaram parte do país. Essa queda será compensada por seus enormes estoques, que respondem por 70% do consumo doméstico. A China deve aumentar também suas importações,

estimulada pelos baixos preços internacionais. Em 2025, as importações chinesas de arroz poderão chegar a 2,6 Mt, contra 2 Mt em 2024. Nos Estados Unidos, os preços do arroz permaneceram estáveis dentro de um mercado externo pouco ativo. Em maio, as exportações teriam atingido 180.000 t (base beneficiado), contra 185.000 t em abril, marcando um atraso de 25% em relação a 2024 na mesma época. Em maio, o preço indicativo do arroz Long Grain 2/4 permaneceu praticamente inalterado em 674 $/t. Em meados de junho, o preço estava caindo para $ 660. Na bolsa de Chicago, os preços futuros do arroz casca caíram 2,5%, para 285 $/t, contra 292 $/t em abril. Em meados de junho, os preços futuros tendiam a se fortalecer em 6%, atingindo $ 302.

No Mercosul, os preços de exportação voltaram a cair 4% após a oferta abundante com a chegada das novas safras, superiores à safra anterior. O preço indicativo do arroz casca brasileiro caiu 1,5%, para $ 260/t, contra $ 264/t em abril. Em meados de junho, o preço do arroz casca ainda estava caindo para $ 243.

Na África Subsaariana, os suprimentos locais estão diminuindo e as importações de arroz asiático aumentaram significativamente para atender à demanda doméstica. De acordo com as últimas previsões, as importações poderão aumentar em 15% em 2025 e atingir 22,6 Mt, contra 19,8 Mt em 2024.

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