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Trigo sobe em Chicago

EUA embarcaram 302.302 toneladas de trigo na semana encerrada em 14 de março


As cotações do trigo para o primeiro mês cotado, voltaram a subir durante a semana em Chicago. O fechamento da quinta-feira (21) ficou em US$ 5,46/bushel, contra US$ 5,19 uma semana antes. De acordo com boletim semanal da Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário (CEEMA), os EUA embarcaram 302.302 toneladas de trigo na semana encerrada em 14 de março, somando um total de 13,7 milhões, até o momento, no atual ano comercial. No ano anterior, nesta época, as exportações somavam pouco mais de 16 milhões de toneladas.

Vale destacar que na última semana os importadores chineses de trigo cancelaram ou adiaram cerca de um milhão de toneladas de trigo australiano, e mais de 500.000 toneladas de trigo dos EUA. Isso seria um indicativo de visão baixista por parte dos compradores asiáticos, seja para comprar novamente mais barato ou porque há menos demanda. No geral, a China deve importar dois milhões de toneladas a menos do que na safra anterior. A tendência é que a China continue trazendo pressão baixista sobre os preços internacionais do trigo em todo o ano 2024/25, de acordo com hEDGEpoint Global Markets.

Em paralelo, as exportações de trigo pela Argentina somam 3,9 milhões de toneladas no atual ano comercial 2023/24, iniciado em dezembro passado. Esse volume representa um aumento de 122% sobre o mesmo período do ano anterior, porém, está 35% mais baixo do que a média dos cinco anos anteriores, que é de 6,1 milhões de toneladas. A colheita argentina de trigo, em 2023/24, de 14,5 milhões de toneladas, também foi a segunda menor em oito anos. Já os preços de exportação do trigo argentino também vêm caindo. Na semana passada, os preços de referência nos portos de Up-River ficaram em US$ 220/tonelada, queda de 38% na comparação anual e o menor nível desde janeiro de 2020, segundo o Broadcast. Isso é ruim para o trigo brasileiro, já que nossas importações ficam mais baratas, pressionando para baixo os preços internos do produto brasileiro.

Por outro lado, um recente e surpreendente sucesso ucraniano, ao atacar a frota russa do Mar Negro, vem permitindo que a Ucrânia aumente suas exportações de grãos para níveis anteriores à guerra. “Os embarques mais do que dobraram em dezembro em relação a setembro, para mais de 5 milhões de toneladas”, conforme informou o Ministério de Economia da Ucrânia. Efetivamente, “a partir de agosto de 2023 a Ucrânia realizou uma série de ataques a navios de guerra e instalações navais da Rússia. Embora os ucranianos não tenham navios de guerra próprios, o país usou Drones navais e mísseis de cruzeiro para afundar navios em alto mar e nos principais portos de Sevastopol e Novorossiysk. Nos últimos quatro meses de 2023, a Ucrânia destruiu um quinto da frota da Rússia no Mar Negro, segundo o Ministério da Defesa britânico”, segundo o  Broadcast.

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