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Preços da laranja atingem níveis históricos em São Paulo, aponta Cepea

Durante toda a temporada 2023/24, a demanda industrial elevada tem restringido ainda mais a disponibilidade de frutas no mercado interno


Recorde de valorização foi primeiramente alcançado em janeiro e desde então tem sido renovado mês após mês Recorde de valorização foi primeiramente alcançado em janeiro e desde então tem sido renovado mês após mês - Foto: Canva

O mês de março tem sido marcado por um marco histórico no mercado de laranjas em São Paulo, conforme apontado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP. A caixa de 40,8 kg da laranja pera alcançou valores que atingiram a marca dos R$ 100 em algumas regiões do estado, no segmento de mercado in natura. Este é o maior valor real já registrado desde o início da série histórica deste produto, em outubro de 1994, após os valores médios mensais serem deflacionados pelo IGP-DI.

O recorde de valorização foi primeiramente alcançado em janeiro e desde então tem sido renovado mês após mês. Os pesquisadores do Cepea explicam que essa forte valorização está principalmente relacionada à escassez de oferta durante a entressafra, afetando também outras variedades, tanto as tardias quanto as precoces, que também estão com volumes controlados.

Durante toda a temporada 2023/24, a demanda industrial elevada tem restringido ainda mais a disponibilidade de frutas no mercado interno. Isso resultou em um cenário atípico, onde, ao contrário do esperado declínio de preços com o início da colheita das laranjas precoces entre março e abril, a oferta limitada tem evitado desvalorizações significativas.

Ainda de acordo com os dados do Cepea, a previsão é de que os preços continuarão elevados pelo menos ao longo de março, devido ao lento crescimento na oferta de laranjas precoces no spot paulista. No entanto, há expectativas pouco otimistas para a safra 2024/25, com um consenso geral de que a produção será menor em comparação ao ano atual. Os desafios enfrentados pelos citricultores no segundo semestre de 2023, incluindo problemas com doenças como o greening e as ondas de calor associadas ao El Niño, tendem a dificultar uma colheita robusta neste ano.

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