"Aids suína" deixa criadores brasileiros em estado de alerta
A circovirose é uma doença recente no país e já tem provocado grande preocupação aos suinocultores
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A circovirose é uma doença recente no país, mas já tem provocado grande preocupação aos suinocultores. Causada pelo circovirus suíno, da família Circoviridae, ela ataca o sistema imunológico dos suídeos (porcos e javalis), o que facilita a ocorrência de enfermidades oportunistas.
Diagnosticada pela primeira vez em 1990 no Canadá, o relato inicial no Brasil data de 2000, informa Sílvio Roberto Thimoteo Borges, médico veterinário da CDA (Coordenadoria de Defesa Agropecuária) paulista e gerente do Programa de Sanidade dos Suínos do Estado de São Paulo. "Sendo uma doença imunossupressora, ou seja, que debilita o sistema imunológico do animal, a circovirose está associada, normalmente, a outras doenças. Assemelha-se, portanto, à Aids em seres humanos", revela artigo de Edson Bordin, veterinário, patologista e gerente técnico da Merial Saúde Animal.
A moléstia atinge, principalmente, leitões após o desmame, sobretudo a partir da sexta semana de vida. Clinicamente, observa-se retardo no crescimento, anemia e icterícia, Por fim, os suínos podem morrer (entre 6% e 8% dos acometidos vão a óbito), destaca Borges. Não há tratamento para a circovirose, mas apenas para as infecções secundárias. Para prevenir, o suinocultor deve adotar uma série de medidas relativas ao manejo de sua criação (leia quadro abaixo). Além disso, a vacinação também é uma alternativa considerada eficaz. Em tese, a enfermidade não escolhe uma época do ano para agir. Porém, no inverno aumenta a incidência pelo fato de haver uma maior proximidade entre os suínos – os animais fazem isso para se aquecer.