CI

4º Seminário Nacional de Tomate de Mesa aponta tendências e desafios

Encontro em Campinas (SP) reúne diferentes elos da cadeia produtiva


O 4º Seminário Nacional de Tomate acontece nos dias 23 (terça-feira) e 24 de abril (quarta-feira), no Centro de Convenções da Universidade de Campinas (Unicamp), discutindo os avanços e desafios desta cultura no Brasil. O segmento movimenta anualmente cerca de R$ 2 bilhões, colocando o País entre os dez maiores produtores do fruto em todo o mundo.

Durante o evento, serão discutidas as contribuições que podem ser agregadas à cadeia produtiva tanto pelos próprios agricultores quanto pelos setores viveirista, varejista e de pesquisa. Esta edição acontece no mesmo mês em que o tomate desponta como um dos protagonistas do aumento da inflação brasileira. Nos últimos 12 meses, o produto acumula uma alta de 170,48%, de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor, medido pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV).

Atualmente, o Brasil é referência mundial em produtividade do tomate, tanto nos segmentos de mesa quanto de indústria (fabricação de molhos e catchups). Enquanto a média mundial é de 33,6 toneladas por hectare, o País chega a produzir 61,8 toneladas por hectare. A introdução da fertirrigação, condução da lavoura no sistema de meia-estaca ou estaqueamento vertical com fitilho são algumas das inovações que colaboram nesse processo.

Segundo o coordenador técnico do 4º Seminário Nacional de Tomate de Mesa, o professor Paulo César Tavares de Melo, da Escola Superior de Agricultura (EsalQ/USP), o cultivo é feito sob diferentes sistemas e níveis de manejo. “Com isso, a oferta do produto é garantida durante a maior parte do ano”, explica. Hoje, a maior parte do cultivo de tomate de mesa está concentrada nas regiões Sudeste (39%) e Centro-Oeste (32,3%). Sul e Nordeste correspondem, respectivamente, a 16,97% e 11% da produção nacional.

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção registrou um salto de 46,4% entre os anos de 2007 e 2011. De acordo com o pesquisador, esse aumento é reflexo de uma tendência que se apresenta ao longo das últimas décadas e está relacionado a incrementos da área colhida e da produtividade.

“Entre os produtores que adotam alto nível de manejo cultural e insumos modernos, a produtividade, em geral, é superior a 100 toneladas por hectare, tanto nos cultivos tutorados, cuja produção se destina ao consumo fresco, quanto nas lavouras rasteiras, onde é produzida usualmente matéria-prima para o processamento industrial”, explica Melo.

A realização desse evento é da Associação Brasileira do Comércio de Sementes e Mudas (Abcsem) e Win Central de Eventos, com apoio da Associação Brasileira de Horticultura (ABH), Embrapa Hortaliças, Produce Marketing Association e Grupo Cultivar. O 4º Seminário Nacional de Tomate de Mesa tem o patrocínio da Bayer, Sebrae, BASF, Syngenta, Seminis e Blueseeds.

Assine a nossa newsletter e receba nossas notícias e informações direto no seu email

Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. Leia os nossos Termos de Uso e a Privacidade.