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Abiove destaca que prejuízo com devolução de soja passa de US$ 250 milhões


O Brasil já teve um prejuízo de mais de US$ 250 milhões com a devolução das cargas de soja pela China. A estimativa é de Carlo Lovatelli, presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), e não leva em conta as perdas por causa da queda do preço da soja. "O Brasil pisou na bola e os chineses aproveitaram a oportunidade", diz Lovatelli.

Segundo Lovatelli, alguns carregamentos de fato continham sementes tratadas com fungicidas. Mas essa foi também a desculpa perfeita para os chineses renegociarem preços - eles compraram o grão quando o preço estava alto (a cotação caiu mais de US$ 50 a tonelada desde o mês passado), e ainda têm estoques.

Para o executivo, os chineses vão continuar utilizando esse tipo de estratégia comercial, porque têm um enorme poder de compra. "O fato é que temos culpa no cartório e precisamos corrigir essa situação", diz Lovatelli. "Mas se os chineses forem impor tolerância zero para a soja dos Estados Unidos e Argentina, também vão achar problemas". Lovatelli se reuniu com as autoridades chinesas em Pequim. Segundo ele, os chineses sinalizaram que estão revendo o veto. "Acredito que, em dez dias, a proibição seja revertida".

Segundo o presidente da Abiove, é impossível manter tolerância zero nos carregamentos, porque sempre há algumas impurezas. A Abiove vai propor ao governo brasileiro que estabeleça um nível de pureza de um grão por quilo - mais rigoroso do que o nível adotado nas exportações para a Europa, de três grãos por quilo.

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