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Abiove estima que faturamento com exportação de óleo de soja renderá US$ 1,1 bilhão


Além da cotação da soja ter atingido seu maior patamar desde 1998, a indústria de derivados do grão comemora o aquecimento de um mercado até então inexpressivo: o das exportações do óleo de soja bruto e refinado. A Associação Brasileira das Indústrias de Óleo Vegetal (Abiove) prevê que o Brasil embarque cerca de 2,3 milhões de toneladas, volume 25% maior do que no ano passado. Em valores, a alta deverá ser de 45% em relação a 2002 e fechar 2003 em US$ 1,1 bilhão.

Os embarques de óleo de soja, bruto e refinado, sempre foram modestos por parte do Brasil. O grande forte do país sempre foi a exportação de grãos e farelo de soja. Porém, esse quadro começou a mudar no ano passado e promete ser ainda mais incrementado este ano. Segundo a Abiove, esse incremento se deve principalmente à entrada de novos mercados compradores do óleo de soja brasileiro e da retomada de um grande importador: a China.

Além disso, a produção nacional de soja também está aumentando – este ano deverá atingir 50 milhões de toneladas – o que possibilita a comercialização em maior escala para os países que já eram compradores do grão e passaram a comprar o óleo. A China estava fora do ranking dos três maiores compradores do produto nacional há dois anos. No ano passado, voltou a figurar na tabela respondendo pela compra de 15% do total embarcado, ou seja, 299 mil toneladas.

Conforme a Associação, o mercado chinês é de grande importância para a soja brasileira e deve incrementar ainda mais as importações este ano. Quanto aos novos compradores, até mesmo os Estados Unidos, maior produtor de soja do mundo, importaram óleo de soja do Brasil. A quantidade foi pequena – 4 mil toneladas –, entretanto mostra a qualidade do produto nacional, esclarece a Abiove.

Outros países, como Moçambique, Quênia, Colômbia, Venezuela, Taiwan, Equador e Luxemburgo, importaram pela primeira vez o óleo nacional. Os já compradores usuais, como Tunísia, Peru, Uruguai, Guiana, Haiti, Rússia, Austrália, Nova Zelândia e Omã, aumentaram os desembarques em até 100%.

O Irã figura como primeiro importador do óleo de soja do Brasil há pelo menos quatro anos seguidos. Em 2002, o país do Oriente Médio foi responsável por 30% das exportações brasileiras e registrou 573,3 mil toneladas, volume 40% superior ao do ano anterior. O país segundo colocado no ranking é a Índia, responsável por 21% das exportações no ano passado. Ela importou 409,4 mil toneladas do produto.

No ano passado, as exportações de óleo de soja brasileiras atingiram 1,9 milhão de toneladas, cerca de 55% superiores as do ano anterior. Em valores, o Brasil obteve lucro de US$ 778 milhões. Já os embarques totais do ‘complexo soja’ – grão, farelo e óleo – alcançaram US$ 6 bilhões, com um acréscimo de 14,3% em comparação aos US$ 5,2 bilhões alcançados em 2001.

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