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Abramilho diz não ser contra milho transgênico dos EUA

A importação de milho transgênico dos Estados Unidos está liberada a partir de 1º de julho


Foto: Marcel Oliveira

A importação de milho transgênico dos Estados Unidos está liberada a partir de 1º de julho. A medida foi aprovada pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) no último dia 10 e publicada no Diário Oficial da União nesta quinta-feira (17). 

Trata-se de uma variedade específica, a DP-ØØ4114-3 e seus derivados para uso na alimentação humana e animal. “Esse milho já foi autorizado para alimentação humana em doze países e a liberação comercial da comissão inclui as finalidades de manipulação, processamento, comercialização, transporte, importação, exportação, armazenamento, consumo e descarte", disse em nota o órgão.

A importação do milho GMO atende a uma demanda do setor de proteínas que sofre com os altos custos de produção, especialmente com rações a base de milho.  A Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho) divulgou uma nota sobre o assunto onde diz respeitar a decisão. O documento é assinado pelo presidente institucional da entidade, Cesario Ramalho. Confira, na íntegra, abaixo:

"A Abramilho é defensora histórica do livre comércio e enxerga com serenidade a eventual importação de milho de países de fora do Mercosul, sobretudo dos EUA, como reforço momentâneo ao abastecimento interno. Em relação à transgenia, as decisões da CTNBio têm como base a Ciência.

A entidade lembra que a safra brasileira de milho vem historicamente avançando, o que acentua o gigantesco potencial alimentício e energético do grão.

O produtor vem ano a ano incorporando novas tecnologias em insumos - sementes, defensivos, fertilizantes -, maquinário, mão de obra qualificada e mais recentemente adicionando as ferramentas digitais em busca de ganhos contínuos de produtividade.

Além de ser matéria-prima básica para indústria alimentícia e principal insumo para agroindústria de carnes, o milho também passou a ser altamente demandando para fabricação de etanol, o que vem abrindo uma nova fronteira de negócios para toda cadeia produtiva.

O milho brasileiro também vem ganhando espaço na comunidade internacional nos últimos anos graças à ampla oferta que produzimos, bem como pela excelente qualidade do nosso grão.

A atual conjuntura de demanda aquecida combinada a quebras de safra, devido à estiagem e pragas, é o que vem gerando este cenário de oferta mais limitada e preços mais altos.

Diante deste cenário, a Abramilho observa que é de fundamental importância impulsionar a produção nacional. Para tanto, a entidade acredita que o Brasil precisa de um plano estratégico, que tenha apoio direto do governo, de incentivo ao cultivo do grão. O produtor precisará do suporte de um plano, ancorado em novas tecnologias, seguro rural, crédito equilibrado, mecanismos didáticos e eficientes de comercialização antecipada, entre outros pontos.

Ademais, a Abramilho ressalta que mantém diálogo constante com representantes da cadeia produtiva de suínos e frangos de corte, recomendando, sempre que seja possível, a compra antecipada de milho, a fim de garantir o abastecimento do setor de proteína animal".
 

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