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Abramilho trabalha para que safra de milho chegue a 150 milhões de toneladas até 2025

Ao Agrolink, Cesário Ramalho destacou os planos da entidade


Foto: Marcel Oliveira

A Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho) acredita que a produção nacional de milho possa chegar a marca de 150 milhões de toneladas nos próximos cinco anos. Além de fomentar o cultivo do grão, a entidade defende a expansão de áreas no país para ampliar a capacidade produtiva. Para safra 2020/2021, a produção de milho foi estimada em 102,6 milhões de toneladas, conforme levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Em entrevista ao Agrolink, o presidente institucional da Abramilho, Cesário Ramalho da Silva, considerou, nesta sexta-feira, 18, que a próxima safra já possa atingir o patamar de 110 mi de toneladas. “O desafio da Abramilho é chegar a 150 milhões de toneladas até 2025. Não é fácil, não é fácil, mas este é o nosso desafio. A cultura do milho é rentável e teve boa rentabilidade neste ano. Em dez anos, nós saímos de 50 milhões para 100 milhões de toneladas”, destacou.

Cesário Ramalho condiciona o aumento da produção com a expansão das lavouras no país. Neste ano, o Brasil reservou 18,4 milhões de hectares para o cultivo do milho. O presidente institucional pontua que, do norte do Paraná em diante, diferentes estados da federação detém capacidade para produzir mais de uma safra. “Temos que ampliar a área cultivável. O milho é a segunda safra. Esta é uma grande vantagem que tem o Brasil, portanto temo que fazer uma força-tarefa para aumentar a produção”, afirmou.

Sobre o ano de 2020, marcado pelas dificuldades impostas pela pandemia, Cesário Ramalho reiterou que o Brasil consolidou-se de vez como um grande player internacional. “O Brasil se tornou um exportador líquido de milho importante. É um grande feito. Com 100 milhões de toneladas, a gente abasteceu a indústria brasileira, responsável pela proteína animal, e ainda exportamos algo próximo de 34 milhões de toneladas. E o mais interessante é que nós não conseguimos atender a toda demanda”, disse.

Segundo dados da Conab, foram exportadas 27,7 milhões de toneladas no ano-safra atual, o que representa 20% a menos que no mesmo período do ano-safra anterior. A companhia manteve a previsão de exportações em 34,5 milhões de toneladas até o final de janeiro, quando termina a temporada. Em novembro, os embarques alcançaram 4,8 milhões de toneladas, 19% a mais que no mesmo período do ano passado.
 

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