Açúcar - sem demanda
Um dia depois de registrar ligeira alta, os preços futuros do açúcar voltaram a ceder, como reflexo das rolagens de posição de contratos de março para maio. Os contratos da commodity para maio encerraram o dia 5,67 centavos de dólar por libra-peso, na bolsa de Nova York, com recuo de 1% (ou 6 pontos), sobre o dia anterior.
Os fundos atuaram nas duas pontas. O mercado espera negócios no mercado físico, mas os altos preços do frete têm inibido os importadores, como Rússia e China, de acordo com a Dow Jones Newswires. No mercado interno, os preços do açúcar fecharam inalterados ontem. O índice Cepea/Esalq para a saca de 50 quilos está em R$ 18,33, posto usina, em São Paulo. As indústrias de alimentos e bebidas permanecem recuadas, com compras da "mão para boca".
Suco - perdas em NY
As cotações do suco de laranja encerraram a sessão de quarta-feira em baixa da bolsa de Nova York, pressionadas por um movimento de vendas liderado por fundos e especuladores. Os contratos com vencimento em março caíram 105 pontos e fecharam a 60,05 centavos de dólar por bushel, enquanto os futuros para entrega em maio perderam 80 pontos e ficaram em 63,05 centavos de dólar.
Durante o dia, as cotações de março desceram abaixo de 60,05 centavos de dólar, menor patamar de preços em 27 anos. No mercado doméstico, o dia também não foi dos melhores para os preços. A caixa de 40,8 quilos da laranja pêra destinada às indústrias de suco despencou e foi negociada por R$ 6 na média paulista, segundo o Cepea/Esalq.
Algodão - especuladores vendem
Os preços futuros do algodão fecharam em queda ontem na bolsa de Nova York, ainda como reflexo das vendas especulativas no mercado. Os contratos para maio encerraram o dia a 66,94 centavos de dólar por libra-peso, recuo de 0,5% (ou 33 pontos), sobre o dia anterior.
O pregão abriu em alta depois de atingir o limite de baixa na terça-feira. Mas os preços cederam às especulações de que os fundos estariam com posições compradas na bolsa, de acordo com a Dow Jones Newswires. Dados do relatório do USDA também reforçaram a queda, com a informação de que os produtores americanos estão com maior área plantada. No mercado doméstico, as indústrias têxteis estão na expectativa da colheita. O índice Cepea/Esalq para o algodão fechou a R$ 2,1956 a libra-peso, com recuo de 0,2%.
Trigo - China ajuda
A expectativa de que a China vá realizar, em breve, compras de trigo nos Estados Unidos fez as cotações do grão fechar em alta ontem nas bolsas americanas. Em Chicago, o contrato de maio teve valorização de 2,25 centavos de dólar a US$ 3,945 por bushel. Em Kansas, o mesmo contrato encerrou com alta de 4,25 centavos de dólar a US$ 3,9325.
Segundo a Dow Jones Newswires, a expectativa é de que uma missão comercial chinesa visite os EUA no início da próxima semana para negociar trigo. Segundo traders consultados, o declínio do dólar em relação a outras moedas do mundo e os ganhos nos mercados de soja e de milho também contribuíram para os ganhos do trigo. O recuo da moeda americana dá suporte ao mercado de commodities, segundo analistas.