Açúcar cubano no limiar da agricultura regenerativa
O presidente cubano prometeu apoiar centros de pesquisa
Foto: Pixabay
Em meados de novembro, a colheita da cana-de-açúcar começa tradicionalmente em Cuba. Na última campanha 2021-2022, cerca de 480 mil toneladas de açúcar foram produzidas no país, 36 usinas moeram pouco mais de seis milhões de toneladas de cana. Este foi o menor nível de produção em mais de cem anos, escreve o portal www.cubadebate.cu.
Este ano, antes da campanha da colheita, o presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, pediu uma produção de açúcar mais sustentável, repensando os fundamentos da produção. Durante uma reunião online com os líderes dos 13 territórios cubanos envolvidos no processo de produção 2022-2023, foi anunciado que desta vez operarão menos usinas de açúcar, 23, e apenas as mais eficientes e de alta tecnologia, fornecendo subprodutos e produção de açúcar - matéria-prima para bebidas alcoólicas, xaropes e ração animal, esses bens podem ser exportados a preços mais elevados no mercado externo.
As usinas de açúcar devem processar 6.574.000 toneladas de cana-de-açúcar durante o período de safra para produzir 455.198 toneladas de açúcar destinadas à cesta básica da população e outros itens da economia local. O presidente de Cuba durante a reunião disse que a indústria açucareira nacional precisa de uma reconstrução completa. “Em momentos como este, quando temos pouco dinheiro para comprar recursos agrícolas, para investir, não podemos ficar sentados esperando por fertilizantes ou herbicidas”.
O presidente cubano prometeu apoiar centros de pesquisa para o estudo da biotecnologia e seleção de cana-de-açúcar e práticas agroecológicas de resposta rápida. Salientou ainda que este ano é necessário demolir os antigos canaviais com baixíssimos rendimentos de açúcar, plantar novos com elevados rendimentos e diversificar, incluindo a plantação de outras culturas e árvores de fruto.