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Açúcar fecha em alta sob pressão dos preços elevados da energia no Brasil

Os altos preços da energia no Brasil pressionaram as cotações


Foto: Pixabay

Os contratos futuros do açúcar fecharam a sexta-feira (22) em alta na bolsa de Nova York. Os altos preços da energia no Brasil pressionaram as cotações, uma vez que, com preços mais remuneradores para o etanol, as usinas tendem a diminuir a produção de açúcar, favorecendo o biocombustível.

A cotação do açúcar bruto na ICE Future, na sexta-feira, para o lote março/22, subiu 14 pontos no comparativo com o dia anterior, com a commodity negociada em 19,08 centavos de dólar por libra-peso, saindo, segundo a Reuters, de uma mínima de três semanas, de 18,82 centavos de dólar, estabelecida na semana.

Açúcar branco

Já o açúcar branco, negociado na ICE Europe, de Londres, fechou em baixa na última sexta-feira, com a tonelada do adoçante, no vencimento dezembro/21, negociada em US$ 500,60, desvalorização de 20 cents de dólar no comparativo com os preços de quinta-feira.

Açúcar cristal

O açúcar cristal medido pelo Indicador Cepea/Esalq, encerrou a sexta-feira valorizado. A saca de 50 quilos foi negociada pelas usinas em R$ 148,76, contra R$ 148,18 da véspera, valorização de 0,39% no comparativo.

Análise

Em seu artigo semanal de análise do mercado de açúcar, o diretor da Archer Consulting, Arnaldo Luiz Corrêa, destacou que "a fadiga do mercado futuro de açúcar mencionada há algumas semanas neste espaço, finalmente mostrou sua cara. Exauriram-se todos os elementos que sustentavam a alta do mercado, em especial nos vencimentos mais curtos. Todas as notícias de caráter fundamentalista estavam devidamente fatoradas no preço e o mercado ficou pesado demais e por isso realizou".

Ainda segundo Corrêa, os fundos liquidaram (com base nos dados de terça a terça) 51.000 lotes e provocaram uma retração de 6% no mercado no período coberto pelo COT (Commitment Of Trades), relatório dos comitentes, publicado pelo CFTC (Commodity Futures Trading Commission), agência independente do governo dos Estados Unidos, que regula os mercados de futuros e opções das commodities.

"A queda (dos preços do açúcar na última semana) pode ser atribuída em grande parte à anemia do mercado físico de açúcar e à desvalorização do real em relação ao dólar colocando pressão na curva de preços em centavos de dólar por libra-peso nos vencimentos que vão além da próxima safra", destacou o diretor da Archer.

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