Açúcar recua e etanol perde ritmo no mercado paulista
A pressão de baixa no açúcar foi impulsionada por números robustos

O mercado de açúcar registrou recuo nesta semana, refletindo otimismo sobre a safra do Centro-Sul brasileiro. Segundo dados da StoneX, a primeira tela do açúcar bruto negociado em Nova Iorque (SBV5), com expiração em outubro, acumulou baixa de 2%, encerrando o período a US¢ 15,46/lb. A tela mais líquida, com vencimento em março/26, caiu 2,3%, cotada a US¢ 16,14/lb.
A pressão de baixa no açúcar foi impulsionada por números robustos de moagem, mix açucareiro e ATR na segunda metade de agosto, fortalecendo a hipótese de moagem próxima de 600 milhões de toneladas e produção de açúcar semelhante à safra 2024/25. No Hemisfério Norte, as safras críticas do Sul e Sudeste asiático seguem otimistas devido às boas chuvas de monções, que contribuem para a expectativa de oferta estável.
Um ponto de piso para o mercado tem sido considerado próximo à equivalência entre açúcar e etanol no Centro-Sul brasileiro, funcionando como referência para o ciclo futuro. Essa relação influencia diretamente a dinâmica de oferta e demanda, refletindo na precificação das commodities derivadas da cana-de-açúcar.
No mercado de etanol, a liquidez diminuiu após semanas de alta. O etanol hidratado em São Paulo passou de R$ 3,40/L no início da semana para cerca de R$ 3,34/L na última sexta-feira (19), como previsto nas projeções da StoneX. A média para setembro deve ficar próxima de R$ 3,36/L, sustentada pelos bons níveis de colheita em agosto e pela manutenção de volumes durante o mês, garantindo equilíbrio para o mercado. As informações foram divulgadas nesta semana.