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Agricultores paulistas recebem encentivo para produção de figo

Os agricultores recebem mudas e assistência técnica de um consórcio. Com isso, conseguem colher figo durante nove meses do ano


O município de Itapetininga, no sudoeste de São Paulo, está incentivando o plantio de figo. A ideia é criar um polo produtor da fruta. Um consórcio cultiva as mudas e fornece assistência técnica. Com isso, os agricultores conseguem colher figo durante nove meses do ano.

Lago, árvores que abrigam casais de joão-de-barro e muito verde. É nesse cenário em Itapetininga, no sudoeste de São Paulo, que seu Carmelo Parcequito multiplica mudas de figo. Ele aprendeu a técnica ao longo dos anos o trabalho com a fruta. Desde a implantação do viveiro, há três anos, já foram produzidas mais de 50 mil mudas.

“Eu vendo uma muda por R$ 4,00. E o dinheiro é revertido para a formação de mais mudas para atender à demanda”, disse seu Carmelo.

O seu Carmelo vive inovando. Ele também testa novas técnicas para aumentar a produtividade. Mudas de qualidade e um sistema que permite colher figo durante nove meses do ano. O pessoal implantou um sistema que utiliza espaldeiras para o crescimento das plantas. No meio da plantação é possível perceber que os galhos cresceram em forma de Y, o que permite uma maior penetração do sol tanto no meio das plantas como nas laterais. Isso ajuda a aumentar a produtividade.

Outro segredo para aumentar a produtividade está na irrigação. “Ele vem pingando e já o adubo”, disse seu Carmelo.

A lavoura com 700 plantas é uma das que fazem parte de uma parceria que está incentivando o plantio de figo em municípios da região de Itapetininga. O produtor investiu R$ 10 mil no plantio irrigado pelo sistema de gotejamento. O dinheiro foi financiado e ele terá três anos de carência para pagar a dívida.

“Quanto mais pessoas entrarem, melhor para todos”, falou o agricultor Enerli Castilho.

Já são 16 pequenos produtores que participam do projeto. Boa parte das lavouras já da os primeiros frutos. O agrônomo Luís Leitão, da Cati, órgão da Secretaria de Agricultura de São Paulo, responsável pela assistência técnica, explicou que o clima é um dos fatores favoráveis ao figo na região. “A região tem uma tendência térmica à noite bastante fria e o dia é quente. No caso do figo, essa amplitude térmica faz com que o fruto fique com uma coloração mais atraente para o consumidor final", concluiu.

Além da Cati, a parceria conta com o apoio da Faculdade de Tecnologia de São Pulo, do Sebrae e de uma escola que montou uma cozinha industrial para fazer doces com a fruta.

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