Agro triplica operações sustentáveis: Vale ser ESG?

Houve um aumento de mais de três vezes no volume de operações ESG (Governança Ambiental, Social e Corporativa) em 2021 comparado com o ano anterior, aponta o Rabobank Brasil. O banco especializado em agronegócio, movimentou cerca de US$ 5 bilhões no ano passado para companhias que se comprometeram a atingir metas sociais, ambientais e de governança.

“Fica cada vez mais clara a demanda do mercado e o impacto desse tipo de compromisso na bancabilidade das companhias e crescimento no longo prazo. Nossa expectativa é que as operações ESG continuem em crescimento nos próximos anos”, comenta a diretora-executiva de Corporate Clients do Rabobank Brasil, Fabiana Alves. 

De acordo com ela, a procura por produtos financeiros ligados a metas de sustentabilidade é crescente. A executiva explica que essas transações ocorrem por meio de emissão de bonds, empréstimos e empréstimos sindicalizados.

O tema mudanças climáticas, aponta o Rabobank, é uma das principais prioridades das organizações do setor agrícola: “Essa preocupação é refletida nos indicadores das operações sustentáveis, que podem ser atreladas a fatores ambientais, sociais e de governança. Entre as operações realizadas pelo banco, as principais metas estavam relacionadas com redução das emissões de carbono, diminuição do consumo de água e recuperação de pastos degradados”.

Uma das estratégias do Rabobank para acelerar a adoção de práticas sustentáveis no setor agroalimentar é diversificar seu portfólio por meio de parcerias. Além da geração de operações com o fundo AGRI3, da criação de um banco de carbono e de soluções para a transição energética, o Rabobank está trabalhando com a Microsoft em um marketplace global para conectar produtores e empresas com o objetivo de neutralizar as emissões de carbono.

“O banco tem buscado parcerias globais com grandes companhias da iniciativa privada e ONG's com o intuito de aumentar a conscientização na cadeia. Nosso time local está trabalhando em ferramentas para adaptar as iniciativas para a realidade do Brasil e viabilizar soluções pioneiras também para o mercado local”, conclui Fabiana Alves.