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Agroamigo: Saiba como funciona esse tipo de financiamento

Programa de micro-crédito rural é voltado para agricultores familiares


O seu Sibério Costa, da cidade de Areia, na Paraíba, escreveu ao Globo Rural sugerindo uma reportagem sobre o Agroamigo, um programa de micro-crédito rural voltado para agricultores familiares. Saiba como funciona esse tipo de financiamento.

Choveu na horta do agricultor Antônio Pereira de Lima. Os canteiros estão verdes e a produção dobrou. Ele só conseguiu esse resultado depois de 20 anos de trabalho, quando teve acesso a um financiamento para investir na plantação.

“Não tínhamos muita perspectiva para crescer e para aumentar os canteiros. Os nossos motores quebravam e queimavam. A gente não tinha como repor. Com o Agroamigo isso se tornou mais fácil. A gente renova os nossos equipamentos de trabalho. Isso facilitou bastante”, disse seu Antônio.

O seu Antônio pegou três empréstimos do Agroamigo, programa de micro-crédito do Banco do Nordeste em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Agrário. Os financiamentos são para agricultores que se enquadram no Pronaf B, Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar, com renda de até cinco mil reais por ano. O valor máximo é de R4 1,5 mil por empréstimo, que pode ser renovado. O prazo para pagamento é de até 24 meses, com um ano de carência. Os juros são de 0,5% ao ano.

Participar de uma reunião para conhecer as regras do programa é o primeiro passo para conseguir o crédito. As informações são repassadas pelo assessor de crédito, que é quem faz a ponte entre o banco e os pequenos produtores. Depois que o financiamento é liberado, ele orienta a aplicação do dinheiro no campo.

Fábio Sampaio é um dos 550 assessores de crédito do programa no país. Ele acompanha quase mil clientes em Caucaia, na região metropolitana de Fortaleza. “A partir do momento em que o cliente tem acesso ao crédito. Aí, há o acompanhamento do assessor junto ao cliente no meio rural e junto de sua atividade para ver as condições em que essa pessoa desenvolve a atividade e tenha condições de pagar seu crédito”, falou.

A inadimplência do programa é de 3%. Quem paga em dia ganha bônus de 25% desde que os financiamentos já contratados não ultrapassem o limite de quatro mil reais. Foi a quantia total que o agricultor Antônio Egilvan de Oliveira pegou em três empréstimos. Pagando em dia, ele trocou os juros por bônus. E o que economizou foi investido na ovinocultura.

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