Agronegócio adota FIDCs para financiar expansão
“A alocação de capital no Agro pode ser ampliada de acordo com o apetite do mercado"

O agronegócio, responsável por quase 30% do PIB brasileiro, enfrenta desafios como juros elevados, volatilidade climática e aumento no custo dos insumos. Nesse cenário, os Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs) ganham força como alternativa ao crédito tradicional do Plano Safra, oferecendo previsibilidade, rapidez e segurança. Impulsionados pela seletividade bancária e pelos juros altos, esses fundos já somam R$ 687 bilhões em patrimônio líquido no primeiro semestre de 2025, crescimento de 18% em relação ao ano anterior.
Entre os destaques do setor está a Multiplike, que possui R$ 4,1 bilhões alocados em operações voltadas ao agro. Segundo o CEO Volnei Eyng, a empresa está preparada para ampliar o volume de crédito conforme a demanda, mantendo rigor na análise e governança. Os fundos da companhia seguem o modelo multicedente/multissacado, garantindo flexibilidade e segurança jurídica na aceitação de diferentes tipos de lastro típicos do agronegócio.
“A alocação de capital no Agro pode ser ampliada de acordo com o apetite do mercado. Temos porte, liquidez e governança para aumentar o volume destinado ao setor sempre que houver necessidade. Acompanhamos o ritmo de crescimento com rigor na análise e critério na concessão”, afirma.
O crédito estruturado se consolida como uma forma moderna de financiamento rural, menos dependente de recursos públicos e mais alinhada às particularidades do campo. Ao permitir soluções personalizadas e maior autonomia financeira, os FIDCs contribuem para destravar o crescimento do setor. “O crédito estruturado é uma forma mais moderna, inteligente e ágil de acessar capital, respeitando a lógica do setor e destravando o crescimento do agronegócio brasileiro”, conclui o CEO da Multiplike.