Alta de Chicago não chega ao trigo do Sul
No Rio Grande do Sul, os preços de exportação permaneceram em R$ 1.170,00 por ton
No Rio Grande do Sul, os preços de exportação permaneceram em R$ 1.170,00 por tonelada - Foto: Canva
A forte valorização das cotações na Bolsa de Chicago (CBOT) nesta segunda-feira não se refletiu nos preços de exportação do trigo brasileiro, segundo informações da TF Agroeconômica. O cenário de estabilidade, com pouca reação nos portos e retração de compradores no mercado interno, marcou o início da semana para o setor tritícola da região Sul.
No Rio Grande do Sul, os preços de exportação permaneceram em R$ 1.170,00 por tonelada sobre rodas no Porto de Rio Grande, para trigo milling com 12% de proteína, o que equivaleria a valores entre R$ 1.000,00 e R$ 1.020,00 no interior. A ausência de negócios entre moinhos locais e produtores manteve o mercado parado, com compradores ofertando até R$ 1.000,00 e vendedores pedindo de R$ 1.050,00 a R$ 1.100,00. Nas praças produtoras, a cotação média da saca caiu lentamente, sendo registrada a R$ 59,00 em Santa Rosa e R$ 60,00 em Panambi.
Em Santa Catarina, ainda com pouca colheita, não houve oferta significativa de volume. Os moinhos seguem buscando produto no Paraná e no Rio Grande do Sul, com pedidas entre R$ 1.020,00 e R$ 1.250,00 por tonelada, dependendo da origem. Os preços pagos aos produtores catarinenses variaram entre R$ 61,00 e R$ 65,00 por saca, com ligeiro recuo em algumas regiões, como Chapecó e Rio do Sul.
No Paraná, os negócios continuam girando em torno de R$ 1.250,00 por tonelada CIF moinhos para entrega em novembro e pagamento em dezembro. O trigo argentino foi cotado entre US$ 258 e US$ 260 por tonelada no porto, enquanto o paraguaio alcançou US$ 245 CIF. Já os preços pagos aos agricultores recuaram 0,29% na semana, para média de R$ 64,14 por saca, o que representa prejuízo de 14,06% frente ao custo de produção estimado pelo Deral em R$ 74,63.