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Alta do açúcar favorece exportações da região de Ribeirão Preto

A alta do açúcar no mercado internacional e a depreciação do Real frente ao Dólar, ajudaram a elevar o valor das exportações de alimentos.


A alta do açúcar no mercado internacional e a depreciação do Real frente ao Dólar, ajudaram a elevar o valor das exportações do grupo alimentos, bebidas e tabaco, na região de Ribeirão Preto. Este é um dos diagnósticos do Boletim Comércio Exterior do Ceper/Fundace, que analisa o desempenho das exportações nos últimos 12 meses nas esferas nacional, estadual, regional e nos municípios de Ribeirão Preto e Sertãozinho.

O estudo compara o resultado acumulado das exportações dos últimos 12 meses (de abril de 2015 à março deste ano), com o mesmo período no últimos 5 anos. Os resultados apontam para um valor total exportado superior a US$ 500 milhões dentro do grupo alimentos, bebidas e tabaco.

Os pesquisadores destacam no boletim que, na região de Ribeirão Preto, a produção e exportação desses produtos é concentrada nos derivados da cana-de-açúcar, principalmente o açúcar. Apesar do valor exportado ter diminuído gradativamente, com os valores caindo de US$ 1,2 bilhão em 2011 para US$ 500 milhões em 2015, o desempenho dos últimos 12 meses em comparação com 2015 é positivo.

O boletim destaca que a melhora no preço internacional do açúcar e a depreciação do Real, juntamente com o aumento do preço do etanol, tem trazido um certo alívio ao setor sucroalcooleiro, apesar da situação desse segmento ainda estar longe do ideal.

As expectativas positivas devem-se, principalmente, a um déficit na produção de açúcar na safra global 2015/2016 (que se encerra em 30 de setembro), o que deve manter o processo de elevação do preço da commodity em dólares.

“A manutenção do câmbio entre R$ 3,50 e R$ 4,00 também é um elemento importante para estimular o segmento e toda a economia da região de Ribeirão Preto”, afirma o pesquisador Luciano Nakabashi.

Ribeirão Preto – De acordo com o Boletim, os principais produtos exportados pelo município foram metais comuns e suas obras, que abrangem obras de ferro fundido, alumínio, chumbo e outros. Em março de 2014, o saldo exportado desse tipo de produto ultrapassou os US$ 55 milhões, caindo para US$ 20 milhões em março de 2016.

O segundo tipo de produto mais exportado por Ribeirão Preto variou entre material de transporte (entre março de 2011 e março de 2014) e gorduras, óleos e ceras (em março de 2015 e 2016).

Sertãozinho – Os principais produtos exportados pelo município de Sertãozinho voltaram a ser do grupo alimentos, bebidas e tabaco – que ultrapassou os US$ 500 milhões em março de 2011 e voltou a liderar a pauta em março de 2014, 2015 e 2016 com exportações de US$ 400 milhões nos últimos 12 meses. Máquinas e equipamentos, que foi o grupo mais exportado em março de 2012 e março de 2013, ficou este ano como terceiro grupo da pauta de exportações, atrás também do grupo produtos do reino vegetal. “A grande recuperação de alimentos e bebidas é um fator fundamental, visto a sua importância na pauta de exportações de Sertãozinho e como importante dinamizador de sua economia”, comenta Nakabashi.

Ceper – O Centro de Pesquisa em Economia Regional foi criado em 2012 e tem como objetivo desenvolver análises regionais sobre o desempenho econômico e administrativo regional do País. Sua criação reúne a experiência de diversos pesquisadores da FEA-RP da Universidade de São Paulo em pesquisas relacionadas ao Desenvolvimento Econômico e Social em nível regional, a análise de Conjuntura Econômica, Financeira e Administrativa de municípios e Gestão de Organizações municipais, entre outros. A iniciativa de criação do Centro foi dos pesquisadores Rudinei Toneto Junior, Sérgio Sakurai, Luciano Nakabashi e André Lucirton Costa, todos da FEA-RP/USP. Os Boletins Ceper têm o apoio do Banco Ribeirão Preto, Imobiliária Fortes Guimarães, São Francisco Clínicas e Construtora e Incorporadora Stéfani Nogueira.

Fundace – A Fundação para Pesquisa e Desenvolvimento da Administração, Contabilidade e Economia (Fundace) é uma instituição privada sem fins lucrativos criada em 1995 para facilitar o processo de integração entre a FEA-RP e a comunidade. Oferece cursos de pós-graduação (MBA) e extensão em diversas áreas. Também realiza projetos de pesquisa in company além do levantamento de indicadores econômicos e sociais nacionais regionais.

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