Alta moderada marca início do dia nos grãos
A soja também opera em leve recuperação na bolsa norte-americana
A soja também opera em leve recuperação na bolsa norte-americana - Foto: Pixabay
Os mercados agrícolas iniciam o dia com movimentos moderados e ritmo influenciado por fatores externos e pela dinâmica de oferta e demanda internacional. A TF Agroeconômica relatou avanços leves nas bolsas e estabilidade no físico em algumas praças, com atenção concentrada no comportamento de fundos e nas novas sinalizações regulatórias e comerciais.
No trigo, a alta discreta observada em Chicago reflete o retorno de compradores especulativos após a realização de lucros da véspera. O interesse renovado é sustentado por rumores de demanda chinesa, enquanto a oferta global permanece confortável e o avanço das colheitas no Hemisfério Sul limita ganhos mais amplos. No físico, os preços registraram pequena valorização no Paraná e estabilidade no Rio Grande do Sul, enquanto origens da Argentina e do Paraguai mantiveram indicações próximas às da véspera.
A soja também opera em leve recuperação na bolsa norte-americana, após duas sessões de queda. O foco voltou-se para o regulamento europeu de desmatamento, cuja implementação foi ajustada para o fim de 2026, ainda dependente de aval parlamentar. A medida deve afetar diretamente cadeias de importação de derivados vegetais. No Brasil, os preços subiram tanto no interior do Paraná quanto no porto. A demanda chinesa reapareceu, com compras em torno de 2 milhões de toneladas, ainda distantes dos volumes inicialmente previstos no acordo bilateral.
O milho acompanha o movimento altista em Chicago, apoiado por compras de oportunidade e pelo bom desempenho dos embarques semanais de ração animal dos Estados Unidos. A sustentação convive com o peso de uma safra recorde, cujo volume exigirá consumo interno e externo mais robusto para evitar acúmulo de estoques, projetados próximo aos maiores níveis desde 2018/2019. No Brasil, o físico registrou leve ganho, enquanto os contratos da B3 recuaram.