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Apesar da cotação recorde, preço real do frango permanece decrescente

Ou seja: já houve tempos em que o produto registrou valores bem maiores, mas isso foi na época em que a avicultura ainda não tinha adquirido características de indústria


Ao ser comercializado na terça-feira, no interior paulista, por R$2,20/kg, o frango vivo alcançou a maior cotação nominal de sua história moderna. Ou seja: já houve tempos em que o produto registrou valores bem maiores, mas isso foi na época em que a avicultura ainda não tinha adquirido características de indústria. A partir daí, embora os preços nominais possam ter sido crescentes, o valor real do frango tem sido continuamente decrescente.


Essa condição é mantida até quarta-feira – basta observar o gráfico abaixo, no qual estão relacionadas as melhores cotações alcançadas pelo produto nos últimos cinco anos. Os R$2,20/kg atuais, por exemplo, estão menos de 5% acima do valor pico de 2010, registrado há um ano. Como isso está aquém da inflação acumulada no período, significa que o preço ora vigente é, em valores reais, inferior ao de um ano atrás.

Retrocedendo ainda mais, para 2007, verifica-se que já em fevereiro daquele ano o frango vivo chegou a ser comercializado por R$1,85/kg. Assim, no espaço de quase 60 meses acumulou um aumento que não chega aos 19%. Pois bem: no mesmo período o IPCA, principal indicador da inflação brasileira, registrou evolução de, praticamente, 28%. Mais uma vez, portanto, fica demonstrado que o preço do frango permanece decrescente.





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