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Appa promove reunião para definir prevenção contra gripe aviária

A expectativa é que até o final de março, sejam visitados os portos incluídos no Plano Nacional


A reunião técnica promovida nessa quinta-feira (01-03) pela Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) para tratar da gripe aviária foi considerada muito proveitosa pela sanitarista Vera Galessi, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). “Vejo com muito bons olhos esta reunião porque integra representantes de diversos segmentos envolvidos, que ajudarão na elaboração de um plano bem real e eficaz”, comentou a professora da Unifesp, instituição que recebeu do Ministérios dos Transportes a incumbência de preparar um plano para impedir a entrada do vírus da gripe aviária no País.

O Porto de Paranaguá e outros dez portos brasileiros estão incluídos no plano nacional de prevenção e controle da gripe aviária. “O terminal portuário paranaense foi escolhido para participar do plano por dois principais motivos: tem uma das melhores localizações geográficas do Brasil e é o segundo maior porto do País em volume de mercadorias movimentadas”, explicou a integrante do Grupo Setorial de Gestão Ambiental Mar e Terra (Gamar), da Appa, a oceanógrafa Noelle Saborido.

A expectativa é que até o final de março, sejam visitados os portos incluídos no Plano Nacional. Até lá, deverão ser finalizados os planos de contingência específicos e, depois disso, haverá apenas um monitoramento e acompanhamento da equipe da Unifesp junto aos portos. “Contaremos com um comitê local que apresentará o projeto técnico do porto para ser incluído no plano nacional, conforme suas especificações e necessidades”, explicou Noelle Saborido.

O tenente Pinheiro, do Corpo de Bombeiros, disse que a união de esforços para evitar a chegada do vírus ao País mostra a sintonia entre os setores envolvidos. “É importante termos esse diferencial de estarmos nos prevenindo contra essa doença. O porto de Paranaguá sai na frente e serve de exemplo para o País”, disse.

Segundo Vera Galessi, o mundo vive atualmente a ameaça de uma nova pandemia. Depois da Gripe Espanhola, que matou 40 milhões de pessoas em 1918, das gripes Asiática, em 1957, e de Hong Kong, em 1968, quando morreram mais de 2 milhões de pessoas, o mundo pode se deparar com um novo risco à saúde humana. Já foram notificados mais de 275 casos de gripe aviária no mundo. Deste total, mais de 60% das pessoas morreram. A maior incidência da doença está na Indonésia.

“Os ministérios e instituições do governo federal elaboraram um plano de contigência diante dessa ameaça. Sabemos que nos países desenvolvidos as atividades de vigilância sanitária e epidemiológica têm conseguido deter a transmissão de muitas doenças e vários surtos. Não podemos pecar pela omissão”, considerou Vera Galessi.

O encontro, realizado na sede do Corpo de Bombeiros, em Paranaguá, reuniu técnicos dos escritórios regionais do ministério da Agricultura e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), além de representantes da Agência Nacional de Transportes Aqüaviários (Antaq), Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Coordenação da Defesa Civil (estadual e local), Guarda Portuária, Capitania dos Portos, Corpo de Bombeiros do Litoral, Sindicato das Agências de Navegação, Sindicato dos Operadores Portuários e as secretarias municipais de Saúde e de Agricultura.

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