Arbitragem avança no agro, aponta entidade
“A arbitragem já é amplamente utilizada em segmentos como infraestrutura e indústria"
“A arbitragem já é amplamente utilizada em segmentos como infraestrutura, indústria farmacêutica, setores financeiros" - Foto: Pixabay
A expansão das relações comerciais no campo intensificou a busca por caminhos mais ágeis e seguros para solucionar conflitos em um ambiente que depende de previsibilidade e rapidez. A adoção de métodos como mediação e arbitragem cresce nesse cenário, embora sua presença no setor ainda seja limitada em comparação a outras áreas econômicas.
Segundo avaliação de especialistas ligados à CAMARB, a arbitragem permanece subutilizada no agronegócio, mesmo já consolidada em segmentos como infraestrutura, mercado financeiro e disputas societárias. O entendimento é de que o modelo oferece fluxo mais eficiente, com prazos menores e decisões embasadas por profissionais com domínio técnico do tema em discussão.
“A arbitragem já é amplamente utilizada em segmentos como infraestrutura, indústria farmacêutica, setores financeiros, mas o agronegócio, apesar de sua força e relevância para a economia brasileira, ainda a adota de forma tímida se comparada a outros setores da economia. Queremos mostrar que se trata de um caminho mais célere, técnico e alinhado às necessidades do setor”, afirma Camila Biral, Vice-Presidente de Agronegócio da Câmara de Mediação e Arbitragem Empresarial do Brasil (CAMARB).
A mediação também ganha espaço pela capacidade de preservar vínculos comerciais e favorecer soluções construídas de forma conjunta. O caráter colaborativo do método é visto como vantagem em um setor que depende de relações duradouras e de respostas rápidas para evitar perdas.
"Ao unir técnica, especialização e diálogo, a CAMARB e seu Comitê de Agronegócio reforçam o compromisso de modernizar as formas de resolução de conflitos no setor. Nossa proposta é fortalecer a cultura da mediação e da arbitragem como instrumentos de eficiência e confiança, capazes de acompanhar o ritmo e a complexidade do agronegócio brasileiro", diz Biral.