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ARCO completa 79 anos e comemora o fortalecimento e consolidação do setor

“Hoje completamos 79 anos e amanhã já colocamos os pés nos 80”


Foto: Divulgação

“Hoje completamos 79 anos e amanhã já colocamos os pés nos 80” diz o presidente da Associação Brasileira de Criadores de Ovinos – ARCO, Edemundo Ferreira Gressler. “Essa é uma história contada por muitas pessoas: por aqueles que já tiveram o compromisso de gerir a entidade, por seus colaboradores, pelas entidades nacionais promocionais de raças, pelas nossas associações estaduais e, principalmente, por todos os milhares de ovinocultores de todos os cantos desse Brasil”.

O início da história da então Associação Rio-grandense de Criadores de Ovinos foi em Santana do Livramento (RS), no dia 18 de janeiro de 1942 durante a 3ª Exposição Nacional. E o seu primeiro presidente foi o senhor João Farinha que dá nome a sua sede que fica em Bagé, interior do RS. Em 1977 a ARCO ganhou o status de nacional e passou a ser delegada do Ministério da Agricultura para ser o cartório de registro das raças ovinas em todo o Brasil.

A ARCO é referência no Serviço de Registro Genealógico de Ovinos – SRGO e tem  no seu DNA também a Assistência Técnica que hoje é realizada por 103 Inspetores Técnicos que atuam em todos os estados brasileiros na seleção zootécnica e genética de 27 raças, sendo: Merino Australiano, Ideal, Corriedale, Romney Marsh, Hampshire Down, Texel, Ile de France, Suffolk, Karakul, Lacaune, Santa Inês, Morada Nova, Bergamácia Brasileira, Somalis Brasileira, Rabo Largo, Border Leicester, Poll Dorset, Polypay, Cariri, Dorper, Crioula, Samm, White Dorper, East Friesian, Dohne Merino, White Suffolk e Romanov.

Para esse trabalho a ARCO conta com 15 colaboradores e fez importantes investimentos em tecnologia que facilitam o acesso e garantem agilidade e eficiência nos serviços prestados. Já há alguns anos todos os serviços estão disponíveis a todos os criadores associados via internet, o que além de agilizar o processo de registro e comunicações, auxilia muito na economia de papel, demonstrando a consciência e responsabilidade ambiental da entidade.

Além da eficiência no registro a entidade está também direcionada ao trabalho de organização da cadeia e fomento da produção através de convênios e parcerias com instituições de pesquisa e extensão que auxiliam a promover o desenvolvimento genético das raças e o aumento dos rebanhos. Homologa e organiza julgamentos e exposições em todo o Brasil através do seu departamento de exposições e feiras.

“Estamos cientes do tanto que ainda temos de trabalho pela frente, mas também temos certeza que a ovinocultura retoma a sua posição de atividade lucrativa e produtiva no cenário econômico dos estados” afirma o presidente ressaltando o trabalho feito pelos produtores da porteira para dentro na busca da excelência de seus rebanhos. “Temos ótima genética, temos produtividade e temos um mercado ávido pelo ovino, pela sua carne, sua lã, leite e pele. Está tudo pronto para avançarmos” conclui.

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Segundo o IBGE o rebanho ovino brasileiro hoje é de 19 millhões de cabeças o maior rebanho está na Bahia com 4,496 milhões, seguido do Rio Grande do Sul com 3,057 milhões e Pernambuco e Ceará com 2,702 e 2,380 respectivamente. Hoje o Nordeste concentra o maior rebanho ovino do país.

De acordo com informações do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, em 2020, as cotações tanto do cordeiro vivo quanto da carne devem seguir em patamares similares aos observados em 2019. Apesar de as perspectivas, de modo geral, serem favoráveis para o setor cárneos, o consumo nacional da proteína de origem ovina tente a ficar próximo e/ou até mesmo abaixo do registrado no ano anterior.

No entanto, para a proteína ovina, carne brasileira com o menor marketshare, espera-se ligeira redução de 0,4% no consumo de 2019 para 2020, segundo dados da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO). Assim, o consumo da proteína no Brasil deve passar de 550 gramas per capita em 2019 para 548 gramas em 2020.

Já para o mercado da lã a busca pelas fibras naturais, principalmente no mercado externo, traz uma expectativa muito promissora para a produção. Em 2020 a pandemia de Covid-19 fez o mercado têxtil frear e a lã acabou ficando estocada, porém há perspectivas de retomada e até com um pouco de avanço em 2021. A lã da ovelha é utilizada no mercado automotivo e aéreo além de ser a principal matéria prima para tecidos ultrafinos e de qualidade superior.

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