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Argentina conseguirá “coisas magníficas” com biológicos

Atualmente se utiliza apenas 1% da microbiologia do solo


Foto: Rizobacter

Juan Pablo Brichta, presidente e diretor de P&D da AgroAdvance Technology (AgroAT) afirma que a utilização de bioinsumos é fundamental se a Argentina quiser ser competitiva e sustentável. A especialidade da empresa são bioestimulantes, biocontroladores e macrorganismos que promovem o desenvolvimento das culturas e o controle de pragas e doenças.

Na Argentina, explica ele, o bioinsumo mais conhecido é o inoculante de soja. “Existem mais de 600 produtos registrados no país, mas a tendência é avançar para outros tipos de tecnologias no que diz respeito à fertilização biológica; não só para a fixação biológica de nitrogênio, mas também para a solubilização de fósforo, potássio, produção de licitantes”. 

Por outro lado, acrescenta Brichta, no que se refere ao biocontrole existem diversos microrganismos que possuem a capacidade de controlar patógenos sem deixar resíduos. “O baixo desperdício, a eficiência que essas tecnologias podem ter e que não geram nenhum transtorno ao meio ambiente”, aponta.

“Eu poderia dizer que a Argentina, como país no que diz respeito ao desenvolvimento de novas tecnologias baseadas em bioinsumos, é em alguns aspectos um pioneiro na região. É claro que, quando o setor gera inovação, uma nova legislação e um arcabouço legal são necessários para permitir que ele seja mais dinâmico. No entanto, coisas extremamente interessantes foram alcançadas e acho que isso está apenas começando”, afirmou o presidente da AgroAT. 

De acordo com ele, atualmente se utiliza apenas 1% da microbiologia do solo, o que significa que é necessário buscar os outros 99% restantes: “Isso significa que as possibilidades são enormes, a Argentina tem um setor técnico-científico altamente desenvolvido com algumas ferramentas, coisas magníficas podem ser alcançadas”.

“Eu acredito que esta tendência esteja chegando em ritmo acelerado, é um paradigma que veio para ficar. A tal ponto que se podem observar as aquisições de empresas renomadas na área de agroquímicos, extremamente interessadas na aquisição de empresas biológicas”, afirma Brichta. 

Por outro lado, destaca ele, isso também afetará os fornecedores. “Em relação às matérias-primas, penso ser fundamental começarmos a compreender os bioinsumos não como um elemento que se pode agregar ou não, mas como parte do pacote tecnológico que o produtor terá que começar a adquirir e começar a entender que funcionam de maneira diferente no que diz respeito a um produto sintético”, conclui.

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