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Arrozeiros temem encerrar a safra atual no vermelho

Valor pago a quem cultiva é mais baixo que o custo de produção, que é de R$ 42,00 pela saca de 50 quilos


Com a proximidade do início da colheita do arroz, aumenta a preocupação entre os produtores e entidades representativas em relação ao preço do grão, que está muito abaixo do esperado. O presidente da Comissão de Arroz da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Francisco Schardong, diz que o valor pago atualmente ao produtor pela saca de 50 quilos está abaixo do custo de produção, que é de R$ 42,00 por saca. 
 
Conforme Schardong, o orizicultor está recebendo entre R$ 35,00 e R$ 36,00 por saca. Esses valores são inviáveis, conforme ele, por dois motivos: porque ficam abaixo do custo de produção e porque muitos agricultores não têm acesso aos bancos, em razão da inadimplência, e são financiados pelas indústrias. Ele observa que a situação do arrozeiro está complicada e, para melhorar, é necessário que o governo resolva o problema de financiamento que muitos produtores herdaram de outras safras. 

Schardong entende que os orizicultores gaúchos precisam ter acesso ao Mercosul para obter insumos mais baratos e ter condições de competir, especialmente com o Paraguai, o principal concorrente. Da forma como está,  acredita que tudo se encaminha para o produtor vir a fechar no vermelho no fim da safra.  Mantendo-se esta situação, orienta quem puder a sair da orizicultura e investir na soja. “Esperamos que o governo tenha sensibilidade e responsabilidade e entenda o que vai acontecer com o cultivo de arroz se os preços continuarem baixos.”

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