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Associação alega formação de cartel


A Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente (Abimci) quer formalizar junto à Organização Mundial de Comércio (OMC) denúncia de formação de cartel por parte dos agentes dos Estados Unidos, Canadá, Finlândia e Suécia.

De acordo com a entidade, estes quatro países tomaram medidas para barrar a presença do compensado fenólico de pinus brasileiro em mercados onde atuam. "Não teremos alternativa se as atitudes persistirem", afirma Odelir Battistella, presidente da Abimci.

O compensado fenólico de pinus brasileiro é um produto de madeira sólida a partir de reflorestamento produzido, principalmente, no Paraná e Santa Catarina, e utilizado pela construção civil. O volume do produto saltou de 250 mil metros cúbicos para 1 milhão de metros cúbicos nos últimos oito anos.

Uma das ações adotadas por estes países para vetar o produto brasileiro é o código de conduta, apresentado no último dia 11, no encontro com importadores e agentes estrangeiros do Timber Trade Federation (TTF), em Londres. Segundo Battistella, o código, criado há mais de seis meses, instituiu restrições para o comércio de madeiras. Para ele, os produtos brasileiros estão sendo "barrados" por sua origem e não por características técnicas.

O setor de processamento mecânico de madeira representa 1,5% do PIB, com faturamento anual de US$ 4 bilhões e US$ 1,5 bilhão em exportações. A Abimci quer duplicar no próximo ano o volume de negócios de madeira processada mecanicamente (compensados, laminados, pisos, molduras e madeira serrada). A entidade está participando do 1º Congresso Internacional de Produtos de Madeira Sólida de Reflorestamento, que iniciou ontem e terá duração de três dias, em Curitiba.

Cynthia Calderon

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