Consumo mantém preços em alta - Foto: Pixabay
A exportação brasileira de milho segue firme e tem sustentado os preços especialmente nos estados do Centro-Oeste, onde há menor presença de indústrias locais de etanol ou proteína animal e o escoamento se concentra pelos portos do Arco Norte. A informação é da TF Agroeconômica, que destaca ainda o avanço da demanda industrial no Sul e em Mato Grosso, elevando as cotações em 4,10% nos últimos 20 dias.
De acordo com a consultoria, o comportamento do mercado confirma a projeção de que o consumo do segundo semestre, somado à exportação, manteria os preços em alta. A recomendação, no entanto, é avaliar com cautela o custo do carregamento em relação ao preço oferecido pelos compradores: se o valor de venda for inferior ao da referência para novembro, a estratégia ideal é liquidar as posições.
Entre os fatores de alta, a TF Agroeconômica aponta a retomada das exportações brasileiras de carne de frango para a China, que deve ampliar o consumo de milho para ração, estimado em 56 milhões de toneladas anuais. As boas margens das usinas de etanol também impulsionam a demanda interna, com alta de 5,89% nos preços em 30 dias. No cenário externo, a boa demanda de exportação dos EUA e a redução de 58,25% nas exportações de milho da Ucrânia contribuem para o fortalecimento das cotações globais.
Já entre os fatores de baixa, o relatório cita as condições climáticas favoráveis à colheita nos EUA e Argentina, a intensificação das vendas dos produtores americanos e a incerteza sobre a política de mistura de biocombustíveis da EPA, que tem gerado atritos entre os setores de petróleo e agronegócio. Esses elementos limitam novas altas no mercado futuro, embora o cenário geral permaneça positivo para o milho brasileiro no curto prazo.