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Bactéria Bt é consumida desde a década de 60

Pesquisas de biotecnologia implantaram genes da bactéria no grão de milho, tornando a planta resistente


A única variedade de milho geneticamente modificada que pode ser plantada no Brasil é o milho Bt (bacillus thuringiensis). De acordo com o Conselho de Informações sobre Biotecnologia (CIB), ong sem fins lucrativos mantida por empresas privadas e públicas para divulgação de informações sobre biotecnologia com base científica, a variedade é resistente a insetos, considerados pragas, e responsáveis por grandes perdas nas lavouras.

Pesquisas de biotecnologia implantaram genes da bactéria no grão de milho, tornando a planta resistente. Isso significa que ao comer parte da folha, são liberadas toxinas danosas ao inseto, que provocam a sua morte. É importante salientar que essas toxinas não causam nenhum mal à saúde humana ou de animais.

Aliás, cabe informar que essa mesma bactéria é utilizada para controle biológico de insetos nas lavouras brasileiras desde a década de 60. Outros países usam o bacillus thuringiensis desde os anos 30. A bactéria também é utilizada na produção de alimentos orgânicos (misturada ao solo) para controle de insetos, na fabricação de queijos (como fermento lácteo, responsável pelo sabor e aroma do alimento) e de chopp (levedura viva presente na bebida).

"O consumo do milho BT é seguro, a bactéria não é tóxica, não é patogênica. O histórico apresenta uso seguro", afirma Alda Lerayer, diretora-executiva do CIB. Ela acrescenta que o milho Bt é mais produtivo do que o convencional, diminui as perdas no campo e reduz o custo de produção.

Cálculos do CIB apontam que a diferença do custo de produção do milho Bt e do convencional é de R$ 300 por hectare, a favor dos transgênicos. "O que ocorre no Brasil é uma campanha para denegrir a imagem do milho Bt", diz Alda. O plantio do geneticamente modificado requer menos aplicações de fungicidas e, em algumas lavouras, não foi necessário sequer uma aplicação. "O alto custo de produção do milho convencional tornou o plantio inviável porque o mercado não remunera", salienta.

Estimativas do CIB apontam que, pelo menos, 31% das lavouras de milho plantadas no Paraná seriam transgênicas. O índice nacional seria de 25%.

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