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Bactérias podem dar origem a bio-internet

E. Coli pode ser útil em cidades inteligentes


Foto: Pixabay

Os pesquisadores Raphael Kim e Stefan Poslad, da Universidade Queen Mary de Londres, estão trabalhando em um método para transformar a bactéria Escherichia coli (conhecida pela abreviatura E. coli) em vetores de um tipo de bio-internet das coisas. A Internet das Coisas (IoT) é um conceito que se refere à interconexão digital de objetos cotidianos com a internet. 

No caso da E. coli, os pesquisadores descobriram que essa bactéria é capaz de armazenar e processar informações nas estruturas de DNA em forma de anel chamadas plasmídeos, que transmitem de um organismo para o outro em um processo chamado conjugação. De acordo com os pesquisadores, essa bactéria é “perfeita” para esse tipo de trabalho, porque têm um mecanismo embutido na forma de apêndices ondulados, como apêndices chamados de flagelos, que geram impulsos. 

Além disso, elas possuem receptores em suas paredes celulares que detectam aspectos de seu ambiente, como temperatura, luz, produtos químicos e armazenam informações no DNA e as processam usando ribossomos. “As bactérias podem ser programadas e implantadas em diferentes ambientes, como o mar e as ‘cidades inteligentes’, para detectar toxinas e poluentes, coletar dados e realizar processos de biorremediação”, indicam os pesquisadores. 

“Abrigando DNA que codifica hormônios úteis, por exemplo, as bactérias podem nadar para um destino escolhido dentro do corpo humano, [e] produzir e liberar hormônios quando acionadas pelo sensor interno do micróbio”, sugerem, explicando que as bactérias também podem até ser reprogramadas para tratar doenças. 

No entanto, de acordo com o portal ofuturodascoisas.com, esse tipo de abordagem pode trazer alguns problemas, como o fato de que a rede criada pela conjugação bacteriana é tão vasta que a informação pode se espalhar mais ou menos em qualquer lugar. “Há também outro risco: por mais benigna que uma bactéria possa parecer, o processo de evolução pode causar estragos pelo processo de mutação e seleção, com resultados impossíveis de prever”, finaliza o portal. 

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