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BASF apresenta o planejamento da década

Entre os objetivos estão 30 novos lançamentos em soluções e o incentivo à sustentabilidade


Foto: Marcel Oliveira/Agrolink

O Brasil está cada vez mais nos planos da multinacional alemã BASF. Com foco em pesquisa e desenvolvimento de novos produtos a empresa apresentou, em seu Centro Global de Pesquisas, em Trindade, na região metropolitana de Goiânia, o planejamento para os próximos dez anos no país. A nova estratégia coloca o agricultor no centro do negócio, pensando na atividade agrícola como um todo e não apenas em um cultivo, entendendo as necessidades dos diferentes cultivos para oferecer soluções integradas. 

O novo posicionamento vem depois que a BASF adquiriu ativos de sementes e herbicidas da Bayer. A transação ocorreu no ano passado por um valor de R$ 33 milhões, colocando a empresa no 4º lugar mundial do ranking da agricultura. “ Essa aquisição não apenas amplia nossa capacidade mas molda o negócio para planejar melhor para o agricultor. Queremos que os produtores tenham lucro mas que também sejam fortes e sustentáveis”, destaca Vincent Gros, Presidente Global da Divisão de Soluções para a  Agricultura.

Atualmente o negócio de sementes representa 30% na América Latina, focado em soja, algodão e milho, tendo o Brasil como um dos principais polos pelo seu destaque na produção nos últimos anos. Nesta safra que se encerrou, a produtividade de grãos foi recorde. De acordo com a Conab foram colhidos 241,3 milhões de toneladas e de algodão 2,7 milhões de toneladas, também registrando uma das produções mais sustentáveis do mundo.  “Estamos desenvolvendo novos modos para que o agricultor consiga vencer a resistência a pragas na soja e no algodão, em uma combinação de traits, defensivos, tratamento de sementes e digital”, reforça Gros. 

Pesquisa e cultivo integrado

Cerca de 30% do total de pesquisas desenvolvidas pela empresa são voltadas para o agronegócio: um total de € 900 milhões por ano. Para trazer uma nova molécula ao mercado são necessários pelo menos 10 anos de trabalho; um trait em média 20 anos. Globalmente são 26 centros de pesquisa, sendo dois referência no Brasil: o de Trindade (GO) e o de Santo Antônio de Posse (SP). Em Trindade está o centro de referência em melhoramento de algodão. São desenvolvidas e testadas novas cultivares. Também há um laboratório que testa e melhora a soja, em relação à pragas e resistência. Este centro recebeu um investimento de R$ 60 milhões nos últimos 3 anos. Além destes dois no Brasil são outros 16 centros, espalhados em todas as regiões do país como foco em sementes e biotecnologia vegetal de soja e algodão, proteção de cultivos e sementes de hortaliças e frutas. 

Para os próximos dez anos, no que chama de “planejamento 20/30”, a BASF prevê 30 novas soluções para o mercado brasileiro. Neste pacote estão, pelo menos, 35 novas cultivares de algodão, como o TLP, que deve ser lançado já na safra 20/21 com manejo de resistência de plantas daninhas no sistema produtivo. Na soja devem ser 80 novas cultivares, com tolerância à Ferrugem Asiática e Nematoides, destas 25 novas variedades com a tecnologia IntactaXTend, em dois anos. Além disso estão previstos 28 protetores de cultivos, com 4 ingredientes ativos inéditos (6 herbicidas, 11 fungicidas, 7 inseticidas e 5 soluções para tratamento de sementes), além de 10 sementes de hortaliças. Entre esses novos produtos está o Tirexor, herbicida que quebra a resistência no manejo de plantas daninhas e o Revysol, fungicida com modo múltiplo de ação para ferrugem asiática, que promete revolucionar o plantio de soja. Na lista também está a tecnologia de tratamento de sementes Ilevo, para tratar nematoide de cisto.

Crescer com o agricultor

Entre as prioridades para a década está incentivar o cultivo integrado.”A propriedade não pensa em defensivo, semente e tecnologia. Ela pensa nisso como um todo, envolvendo as várias culturas que passam pela mesma lavoura em um ano. Isso faz a diferença para nós”, comenta Eduardo Leduc, Vice-presidente Sênior da Divisão de Soluções para Agricultura na América Latina.

Entre as estratégias estão quatro pilares considerados fundamentais: inovação, agricultura digital, sustentabilidade e a experiência e satisfação do cliente. Com essa estratégia a BASF pretende aumentar as vendas em 50% ate 2030, crescendo 1% mais rápido do que o mercado. “O agro é promissor porque a demanda é crescente. Sustentabilidade é o foco. Produzir mais, muito mais, com menos. Menos recursos e menos área agriculturável” finaliza Gros. 

Confira na reportagem em vídeo como funciona o Centro Global de Pesquisas de Trindade e mais sobre os novos lançamentos e desafios do agronegócio.

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