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Bayer contra-ataca: "Julgamento sem ciência; abstrato"

"Julgamento não se concentrou em averiguar a verdade, mas em difamar a Monsanto"


A Bayer pediu ao juiz Winifred Smith, da Califórnia, que revogue veredito de US$ 2 bilhões que considerou o herbicida Roundup responsável pelo câncer de um casal. O argumento da empresa diz que a decisão do júri não foi apoiada por evidências científicas comprovadas contra o glifosato.  

 "O julgamento resultante não se concentrou em averiguar a verdade sobre o estado da ciência, causalidade e cumprimento dos deveres legais, mas sim em difamar a Monsanto de forma abstrata", disse a empresa, que comprou a Monsanto no ano passado por US$ 63 bilhões.   

Nesse cenário, a Bayer enfrenta mais de 13.400 demandantes em todo o território dos Estados Unidos, contra processos de câncer envolvendo o Roundup. A empresa apresenta estudos e nega as alegações, sustentando que o herbicida e seu ingrediente ativo glifosato são seguros.  

Além da multa, o veredito e duas decisões anteriores do júri contra a Bayer provocaram quedas acentuadas nas ações da empresa, deixando-a com uma valorização de mercado estimada em US$ 56 bilhões. Com isso, a companhia considerou os danos punitivos excessivos e inconstitucionais, e pediu ao juiz Smith que eliminasse ou reduzisse significativamente a punição.  

O advogado da outra parte interessada no julgamento, o Dr. Michael Miller, no entanto, acredita que o veredito deverá ser mantido exatamente da forma como está e como foi concebido no seu início, ou seja,  baseado no fato de que esses argumentos da empresa já foram usados em outras oportunidades sem sucesso. “A Monsanto está argumentando os mesmos argumentos desgastados que usou sem sucesso no primeiro julgamento", disse Miller.    

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