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Biossegurança impulsiona biológicos

A aposta está em um moderno processo industrial onde todas as etapas de fabricação são controladas


Foto: Arquivo

O universo de empresas voltadas aos biológicos é recente. Grande parte delas surgiu nos últimos cinco anos. A explicação está no desempenho do setor que só cresce no mundo e em maior proporção ainda no país. Em 2017 a produção de produtos biológicos para controle de pragas e doenças agrícolas movimentou R$ 262,4 milhões e em 2018 o crescimento foi de 70%, movimentando R$ 464,5 milhões. Neste ano projeta-se cerca de US$ 5 bilhões em todo o mundo. 

Mesmo com esse crescimento, o consumo de produtos biológicos no Brasil corresponde a 2% do faturamento total do mercado para a proteção de plantas. Por isso o mercado de crescimento é amplo. Enquanto multinacionais de proteção de culturas se organizam comprando empresas de biológicos, existem outras 100% nacionais que trabalham com pesquisa, tecnologia e biossegurança.

Uma dessas empresas tem escritório em Vinhedo (SP) e fábrica em Curitiba (PR). A Biotrop tem dois anos e produtos como bioinseticidas, bionematicidas, promotores de crescimento e soluções à base de fungos. A aposta está em um moderno processo industrial onde todas as etapas de fabricação são controladas, rastreadas, passam por esterilização e são analisadas, para evitar e identificar qualquer tipo de contaminação.

Biossegurança com foco em qualidade

Atualmente a fábrica produz 6 milhões de litros por ano e desde o começo de 2020, com as novas implementações, está ampliando a produção em mais 50%. A ideia é que continue crescendo de 40 a 50% ao ano. Um dos fatores fundamentais para isso é a biossegurança.

No dicionário  palavra se refere à observância de procedimentos de segurança na manipulação de organismos geneticamente modificados, com a finalidade de proteger o ecossistema e preservar a saúde e a vida humana.

Os investimentos estão em três importantes pilares: melhoraria da estrutura física geral, estruturação de um novo laboratório de pesquisa e inovação e ainda na capacitação e contratação de pessoas qualificadas. 

Para aumentar o padrão de biossegurança e qualidade a empresa investiu em uma coleção de microorganismos, aporte nos procedimentos de assepsia das salas de envase de produtos em bolsas e ainda novos filtros de ar absolutos e microbiológicos que são individuais para cada fermentador, similares aos padrões rigorosos da indústria farmacêutica. "Também estamos adquirindo e desenvolvendo novos equipamentos totalmente automatizados e quatro vezes maiores do que os utilizados atualmente, visando aumentar a eficiência, capacidade e produtividade", destaca Eduardo Pesarini, engenheiro químico e diretor de operações.

Segundo o engenheiro químico, a empresa já conta com controle efetivo e foco em biossegurança em todos os equipamentos. Isso garante que qualquer tipo de desvio seja rapidamente identificado, os equipamentos imediatamente esterilizados e o produto descartado, por meio de empresa especializada para destinação correta deste material. 

Recentemente nossa equipe conversou com o CEO da Biotrop sobre o que esperar do mercado de biológicos. Reveja:

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