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Brasil amplia importações seletivas

“Para o quarto trimestre, a tendência é de expansão seletiva"


“Para o quarto trimestre, a tendência é de expansão seletiva" “Para o quarto trimestre, a tendência é de expansão seletiva" - Foto: Divulgação

As importações brasileiras avançam de forma seletiva em 2025, mesmo com o comércio global em desaceleração. Segundo a Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), o país importou US$ 135,8 bilhões no primeiro semestre, alta de 8,3% em relação ao mesmo período de 2024. O cenário, porém, ocorre em meio a um contexto internacional de tarifas mais altas e câmbio instável. O Banco Mundial projeta crescimento global de 2,3% para 2025, enquanto a Organização Mundial do Comércio (OMC) estima retração de 0,2% no comércio internacional.

De acordo com Thiago Oliveira, especialista em comércio exterior e câmbio e CEO da Saygo, o movimento brasileiro é de expansão seletiva em setores estratégicos como tecnologia, saúde, insumos industriais e bens de consumo, com maior diversificação de fornecedores na Ásia e na União Europeia. O principal risco para o importador em 2025 é o dólar volátil e o aumento de tarifas, enquanto a oportunidade está em redesenhar origens de compra e otimizar contratos cambiais para capturar preços mais competitivos.

“Para o quarto trimestre, a tendência é de expansão seletiva das compras externas em setores como tecnologia, saúde, insumos industriais e bens de consumo, com diversificação de fornecedores na Ásia e na União Europeia”, avalia .

O especialista recomenda três ajustes imediatos: contratar em múltiplas moedas, dividindo operações entre dólar e euro conforme a origem; revisar Incoterms e seguros, priorizando coberturas mais amplas em rotas asiáticas e europeias; e reforçar o compliance documental, reduzindo riscos de custos adicionais e atrasos na liberação de cargas.

“A recomposição virá menos pelo volume generalizado e mais por compras direcionadas em novas origens, ancoradas em contratos cambiais bem estruturados. Quem transformar a área de importação em área de estratégia (e não só de compras) atravessa 2025 preservando caixa e competitividade”, conclui Oliveira.

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