Brasil deve bater recordes de produção e exportação de soja
A projeção é de 111 milhões de toneladas de grãos de soja embarcados ao exterior
Foto: Ivan Bueno/APPA
A produção e o comércio exterior do complexo soja brasileiro devem atingir níveis históricos em 2026. A projeção é da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), que divulgou nesta semana o novo balanço de oferta e demanda para o setor. Segundo o levantamento, o Brasil poderá produzir 177,7 milhões de toneladas de soja, o maior volume já registrado.
O avanço na produção acompanha o crescimento da capacidade de processamento. A Abiove estima que o esmagamento de soja chegará a 60,5 milhões de toneladas em 2026. Com isso, a produção de farelo deve alcançar 46,6 milhões de toneladas, enquanto o óleo de soja somará 12,5 milhões de toneladas — números que reforçam a importância industrial da cadeia.
As exportações também devem quebrar recordes. A projeção é de 111 milhões de toneladas de grãos de soja embarcados ao exterior, consolidando o Brasil como líder mundial nesse mercado. O farelo de soja terá exportações estimadas em 24,6 milhões de toneladas, enquanto o óleo de soja atingirá 1,2 milhão de toneladas — um crescimento de 20% sobre os volumes atuais.
Mesmo com a robusta produção interna, o país deve importar cerca de 500 mil toneladas de soja para abastecimento interno e manterá as importações de óleo de soja em 125 mil toneladas, segundo a Abiove.
O desempenho recente do setor também sustenta o otimismo. Em 2025, até setembro, a produção de soja brasileira foi de 172,1 milhões de toneladas. O volume esmagado no período está projetado em 58,5 milhões de toneladas, com produção estimada de 45,1 milhões de toneladas de farelo e 11,7 milhões de toneladas de óleo. No mês de setembro, o setor processou 4,1 milhões de toneladas, uma queda de 9,1% em relação a agosto. Ainda assim, o acumulado do ano indica crescimento de 5,1% frente a 2024, com 39,3 milhões de toneladas processadas até o momento.