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Brasil deve facilitar entrada de trigo argentino

No entanto, oferta do país vizinho não é suficiente


Foto: Paulo kurtz/ Embrapa

O Brasil deve avançar em uma proteção tarifária que pode facilitar a entrada do trigo argentino, segundo informou o jornal La Nación, do país vizinho. Isso porque, uma cota isenta de impostos de 750.000 toneladas está em vigor, expirando no próximo mês. Em meio à depreciação do real, que torna as compras no exterior mais caras, o setor agora está dando um passo adiante, passando pelo alívio tarifário. 

Para Jorge Chemes, presidente das Confederações Rurais da Argentina, "(o Brasil) está mostrando que, se a Argentina se retirar do Mercosul, eles terão a possibilidade de trazer trigo de outros países". 

Segundo fontes do mercado, entre maio e novembro de 2020, o Brasil precisará comprar pouco mais de 3,5 milhões de toneladas de trigo. Além das mercadorias enviadas pela Argentina, o País ainda procuraria outras origens para reduzir custos e garantir o cereal. 

De acordo com a T&F Consultoria Agroeconômica, pode-se concluir que a Argentina não tem mais trigo para oferecer ao Brasil. “Como a Rússia, outra possível candidata, também vai encerrar suas exportações no final de maio, só restam EUA e Paraguai para fornecer ao Brasil. O Paraguai tem muito pouco trigo, não mais de 300 mil tons ainda e então só restará comprar dos EUA, cujos trigos chegam ao país ao redor de R$ 1.450,00 sem TEC, cerca de 150,00 acima do maior preço pago pelos moinhos do Sul, hoje”, indica. 

“Então, deve-se confirmar a previsão feita pela T&F em janeiro de que os preços do trigo atingirão este patamar médio entre junho e agosto, quando começa a colheita da nova safra. Os preços FOB da safra nova no PR estão a R$ 1.000,00 (vendedor) no PR atualmente, mas os moinhos relutam em pagar”, conclui. 

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