Brasil inicia debate sobre produção farmacêutica de Cannabis
"A ação tem potencial para otimizar o custo na cadeia produtiva"

A Anvisa deu início à discussão sobre a regulamentação do cultivo de Cannabis para fins medicinais no Brasil, um movimento que promete transformar a indústria farmacêutica nacional e abrir novas oportunidades para avanços científicos, tecnológicos e econômicos. A medida tem potencial para tornar o país mais autônomo na produção de medicamentos à base de Cannabis, reduzir custos, atrair investimentos e estimular empregos no setor.
Especialistas apontam que a experiência prática de empresas brasileiras em países com marcos regulatórios consolidados, como a Colômbia, pode servir de referência para o desenvolvimento de uma cadeia produtiva estruturada no Brasil. O objetivo é garantir padronização e rastreabilidade no plantio com foco farmacêutico, fortalecendo a produção nacional e criando um ambiente propício para pesquisa, inovação tecnológica e desenvolvimento científico.
“A regulamentação do cultivo medicinal de Cannabis representa um marco importante para o Brasil. Ao estabelecer regras que garantem padronização e rastreabilidade no plantio, com foco farmacêutico, a União abre as portas para fortalecer a autonomia do país nesse setor estratégico. A ação tem potencial para otimizar o custo na cadeia produtiva, reduzir a dependência de importações, atrair investimentos e gerar empregos, além de posicionar o Brasil como referência para gerar conhecimento científico robusto no mercado global de Cannabis”, afirma Guilherme Franco, coCEO da Ease Labs.
A abertura desse debate pela Anvisa sinaliza que o país caminha para regulamentar uma cadeia produtiva de Cannabis medicinal, alinhando-se a tendências internacionais e ampliando o potencial de inovação no setor farmacêutico nacional. “Na Ease Labs, já conduzimos o cultivo de alto nível para fins farmacêuticos na Colômbia, onde a legislação local permite o desenvolvimento de uma cadeia produtiva estruturada, acumulando experiência prática e know-how técnico que podem ser aplicados no cenário brasileiro. Esse avanço contribui para tornar nossos produtos mais acessíveis e fomentar o desenvolvimento tecnológico e científico nacional, criando um ambiente de crescimento econômico e um ecossistema robusto e sustentável para o setor”, conclui.