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Brasil marca presença no congresso aeroagrícola dos EUA

O Brasil volta a demonstrar sua força no cenário internacional


Foto: Castor Becker Júnior/C5 NewsPress

O Brasil volta a demonstrar sua força no cenário internacional da aviação agrícola durante a AgAviation Expo 2025, que começou na segunda (17 e segue até esta quarta-feira (19) nos Estados Unidos – em Reno, Nevada. Pelo nono ano consecutivo, o Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag) levou ao evento da National Agricultural Aviation Association (NAAA, sua coirmão nos EUA) uma comitiva formada por dirigentes da entidade brasileira, empresários, pilotos e consultores.

O foco da presidente do Sindag, Hoana Almeida Santos, do diretor operacional Cláudio Júnior Oliveira e da coordenadora administrativa da entidade, Marília Schüller, é também acompanhar de perto fornecedores daqui que levam tecnologias para serem expostas no Reno-Sparks Convention Center. A entidade brasileira tem com a NAAA um acordo de reciprocidade desde 2016, com uma enviando representantes aos eventos anuais da outra. Daí também a presença dos dirigentes do Sindag nos EUA busca a participação de mais expositores e especialistas internacionais no Congresso da Aviação Agrícola do Brasil (Congresso AvAg) – que terá sua próxima edição de 18 a 20 de agosto de 2026, no Condomínio Aeronáutico Liberty, em Goianápolis, Goiás.  

Da mesma forma, a presença brasileira nos EUA ganha relevância pela dimensão de nosso País no setor — que hoje opera a segunda maior frota aeroagrícola do mundo, pouco mais de 2,7 mil aeronaves dedicadas à atividade. Boa parte delas atuando também em combate a incêndios em lavouras e reservas naturais nos períodos de estiagem.

Ao mesmo tempo, enquanto os Estados Unidos lideram o setor em número de aviões e helicópteros em campo (cerca de 3,6 mil aeronaves), o Brasil é campeão em produtividade. Por aqui o setor voa quase o dobro de horas do que os estadunidenses, devido ao clima tropical permite até três safras por ano em algumas regiões do Brasil. E mais: com fornecedores brasileiros se destacando mundialmente sistemas de pulverização (além das lavouras, inclusive para o combate a mosquitos), equipamentos de aplicação de sementes e fertilizantes, e DGPSs de precisão — ferramentas que orientam o piloto, registram os voos e tornam as aplicações no campo cada vez mais eficientes e controladas.

AVIÃO AUTÔNOMO

Antes ainda da chegada a Reno para a AgAviation Expo, na última sexta-feira (14) a presidente do Sindag, Hoana Almeida, e o diretor Cláudio Oliveira aproveitaram o roteiro nos EUA para visitar a fábrica da Pyka Inc., em Alameda, na Califórnia. Neste caso, a empresa responsável pelo desenvolvimento do Pelican, drone de grande porte classificado pela própria fabricante como um “avião autônomo”.

A dupla estava acompanhada do empresário aeroagrícola Flávio Cunha Lemos Filho (marido de Hoana) e do designer gráfico Lincoln Lemos (irmão de Flávio, que mora nos EUA). A comitiva foi recebida pelos fundadores da Pyka Nathan White (chefe de operações de voo) e Michael Norcia (diretor-executivo).

O Brasil já possui duas unidades do Pelican em operação e deve receber outras duas ainda este ano. A projeção da fábrica é atingir 20 aeronaves autônomas no País, das quais dez já estão vendidas. Além de discutir desempenho e futuro do modelo, os dirigentes alinharam com a Pyka a realização de uma live especial pelo canal do Sindag (em data a ser agendada).

A ideia é apresentar aos operadores brasileiros detalhes técnicos e esclarecer dúvidas sobre o Pelican. O equipamento esteve na última edição do Congresso AvAg, ocorrido este ano no Mato Grosso, e deve voltar ao evento brasileiro no ano que vem.

ARTICULAÇÃO CONTINENTAL

A presença do Sindag nos Estados Unidos desta vez também ocorre na esteira de um movimento de união continental. Em outubro, Oliveira havia participado do IX Expo Congresso de Aviação Agrícola do México, onde o com o Sindag firmou parceria com a Associação de Pilotos e Proprietários de Aviões Agrícolas da República Mexicana (Fapparmac). Isso para ações conjuntas em programas de treinamento para pilotos, técnicos e gestores, bem como foco em tecnologias inovadoras e boas práticas aeroagrícolas – incluindo comunicação com a sociedade.

Na esteira desse processo, o Sindag também apoiou a entrada da Fapparmac no Comitê Mercosul e Latino-Americano de Aviação Agrícola. Com o aval da Federação Argentina de Câmaras Agroaéereas (Fearca) e da Associação Nacional de Empresas Privadas Aeroagrícolas do Uruguai (Anepa). Com a proposta de ampliar a troca de informações, padronizar boas práticas e fortalecer o setor perante governos e sociedade — inclusive no campo da comunicação técnica.
 

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