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Brasil será o maior exportador de milho

A previsão do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) é que o Brasil exportará mais milho do que os Estados Unidos este ano


Foto: Pixabay

O Brasil já é o maior produtor e exportador de soja do mundo e o nosso agro está prestes a conquistar novo destaque no cenário mundial. A previsão do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) é que o Brasil exportará mais milho do que os Estados Unidos este ano. O Brasil exportou mais milho do que os EUA apenas uma única vez anteriormente, no ano de seca de 2012/13, quando uma das maiores secas atingiu aquele país. A contínua expansão do milho como segunda safra e a recente abertura ao mercado chinês podem significar que o Brasil assumirá o título de maior exportador mundial de milho.

Em seu relatório “Estimativas de oferta e demanda agrícola mundial (WASDE)” de março, o USDA elevou sua previsão para as exportações brasileiras de milho para 50 milhões de toneladas para a ano-safra 2022-23. Isso colocará o Brasil acima dos Estados Unidos, há muito estabelecido líder mundial nas exportações de milho. Os Estados Unidos devem enviar 47 milhões de toneladas para compradores estrangeiros, dois milhões de toneladas a menos que a previsão de fevereiro. As exportações brasileiras aumentaram sete vezes em 15 anos, saltando de 7 milhões de toneladas para 50 milhões de toneladas (Figura 1).

Brasil e China assinaram um acordo sobre requisitos fitossanitários para o comércio de milho no ano passado, e o primeiro embarque de milho brasileiro para a China ocorreu em novembro de 2022. Na safra 2021-22, os principais destinos do milho brasileiro foram Irã, Espanha, Japão, Egito e Colômbia. Em janeiro de 2023, a China se tornou o principal destino das exportações brasileiras de milho. O Presidente Lula, em breve, levará uma grande comitiva de empresários para a China, nosso maior parceiro comercial, para alavancar ainda mais nossas exportações. Em janeiro e fevereiro de 2023, o governo brasileiro autorizou 90 novas empresas a exportarem milho para a China, chegando a 446 empresas habilitadas a embarcar para o mercado chinês. As exportações do Brasil devem cair sazonalmente a partir de março e continuar até a colheita da segunda safra.

Por outro lado, as exportações de milho dos EUA tiveram um início lento. A produção em 2022/23 foi menor do que inicialmente previsto e as condições no vale do rio Mississippi nos meses após a colheita mantiveram os preços dos EUA relativamente pouco competitivos. Segundo dados do USDA, as inspeções de exportação de janeiro e fevereiro somadas representam cerca de metade da média embarcada no mesmo período dos últimos dois anos. Consequentemente, a previsão de exportação dos EUA foi reduzida em mais 2 milhões de toneladas em março em relação ao mês anterior.

Embora a segunda safra de milho (safrinha) tenha se tornado a nossa principal cultura de milho e uma parcela crescente da produção mundial de milho, seus rendimentos são mais variáveis do que colheitas da primeira safra por causa da falta de constância nas chuvas, mas as perspectivas são promissoras.

Artigo do Canal Agricultura A a Z.
 

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