Brasil preservou 144 milhões de hectares, diz ex-ministro da Agricultura
Evento reúne especialistas e lideranças para debater o agro do futuro

Durante o seminário Campo das Ideias, realizado nesta quinta-feira (11), em Porto Alegre, o ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, afirmou que o Brasil deixou de desmatar 144 milhões de hectares e defendeu o protagonismo da ciência tropical no avanço sustentável do agro. A declaração provocou reflexões sobre a imagem internacional do setor.
Promovido pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural do Rio Grande do Sul (Senar-RS), o seminário Campo das Ideias reuniu autoridades, produtores, pesquisadores e analistas no Teatro do Bourbon Country, em Porto Alegre. Realizado ao longo de todo o dia 11 de setembro, o evento foi gratuito e teve como foco os principais desafios e oportunidades do agronegócio brasileiro frente ao cenário político, econômico e ambiental global.
Entre os painelistas, estiveram nomes de destaque como o ex-ministro Roberto Rodrigues, o economista Marcos Troyjo, o cientista político Fernando Schuler, o ex-ministro Aldo Rebelo e o economista Marcelo Portugal. Também participaram lideranças gaúchas como Gedeão Pereira (presidente da Farsul), Domingos Velho Lopes (vice-presidente da Farsul), Eduardo Condorelli (superintendente do Senar-RS) e a secretária da Fazenda do RS, Pricilla Maria Santana.
“Deixamos de desmatar 144 milhões de hectares”: fala de Rodrigues chama atenção. No painel de abertura, Roberto Rodrigues abordou o papel do Brasil no abastecimento alimentar global e defendeu que o país tem uma história de preservação ambiental que precisa ser mais valorizada:
“Deixamos de desmatar 144 milhões de hectares. Isso ninguém fala. Essa é uma veia de sustentabilidade. Enquanto nossos concorrentes nos acusam de destruir a Amazônia, ninguém reconhece que preservamos biomas inteiros graças à tecnologia e à ciência brasileira.”
Rodrigues destacou que os avanços no agro tropical são resultado direto da pesquisa nacional:
“Cada pesquisador brasileiro merece uma medalha pelo que foi feito. O sucesso do setor tropical não é sonho, é realidade. Nós fizemos. E quem mais fez? Ninguém.”
Ao reforçar a eficiência da agropecuária brasileira, o ex-ministro citou o salto produtivo das últimas décadas:
“Não é só grãos. É carne também. Veja o frango: a produção cresceu 541% no mesmo período.”