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Brasil terá de duplicar produção de alimentos até meados do século

Em 2009, País deverá exportar cerca de US$ 30 bilhões em alimentos processados. Manutenção do status de exportador e garantia do mercado externo exigirá consistente aumento da produção


Para fazer frente à expansão demográfica, atendendo ao mercado interno e se mantendo como grande exportador, o Brasil precisará duplicar sua produção de alimentos até a metade deste século. Estimativa foi apresentada na manhã desta terça-feira (30 de junho) por Edmundo Klotz, presidente da Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (ABIA), na abertura do 1º. Fórum de Responsabilidade Produtiva na Cadeia Alimentícia (RPCA 2009), promovido pela entidade e realizado no Teatro Popular do Sesi-SP, na cidade de São Paulo, com a presença de 650 pessoas.

Explicando a premência de ampliar a produção, Klotz frisou que, até 2020, o número de habitantes da Terra aumentará de seis para sete bilhões, o equivalente à população da Índia. Até 2050, serão nove bilhões de pessoas. Trata-se de crescimento, em relação a 2008, equivalente ao dobro do número de habitantes atuais da China. “Tais projeções demográficas, do Departamento da ONU para Assuntos Econômicos e Sociais, evidenciam ser premente encontrar soluções para alimentar, vestir, garantir habitação, saúde e educação para as novas gerações”, salientou o presidente da ABIA, enfatizando: “Dentre todas as necessidades, a alimentação é prioritária, pois se constitui no pressuposto essencial para a manutenção da vida”.

Klotz alertou para a necessidade de se conciliar o atendimento à demanda da alimentação, inclusão social, educação e saúde com a preservação ambiental e uso racional dos recursos naturais. “Nesse sentido, é grande a responsabilidade da indústria alimentícia e de toda a sociedade. É por isso que estamos realizando este 1º. Fórum RPCA, no qual aprofundamos as discussões do World Economic Forum on Latin America, realizado em abril último, no Rio de Janeiro”. O evento na capital fluminense teve ampla participação da ABIA, por solicitação do Fórum Mundial de Davos.

Klotz ressaltou que o Brasil, segundo a FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação), é o país com a maior disponibilidade de terras agricultáveis sustentáveis. Essa posição implica maior responsabilidade como fornecedor estratégico de produtos agrícolas. “Em 2008, exportamos 33,3 bilhões de dólares em alimentos processados; em 2009, a despeito da crise mundial, a ABIA estima que as vendas externas devam ficar em torno de 30 bilhões de dólares, o equivalente a 23% de toda a indústria brasileira. “Estes números e seu significado para a balança comercial, a criação de empregos e a geração de renda já justificariam, de modo intrínseco, a importância deste fórum. Contudo, o objetivo maior é legar às próximas gerações um país capaz de lhes oferecer justiça social, vida de qualidade, saúde e educação”, concluiu o presidente da ABIA. As informações são da assessoria de imprensa do Conselho Regional de Nutricionistas/3ª Região/(São Paulo e Mato Grosso do Sul).

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