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Café e algodão amenizam VBP mineiro que fechou maio em R$ 41,9 bi

Quedas nas lavouras de cana, soja, feijão e milho motivaram recuo de 2,3% no índice



Em maio, o Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP), de Minas Gerais, foi estimado em R$ 41,9 bilhões, cifra 2,3% inferior ao registrado em igual período de 2013, quando a produção mineira estava avaliada em R$ 42,8 bilhões. De acordo com dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o café, principal componente do VBP de Minas, apresentou expansão de 12,9% no índice.

O levantamento mostra que o VBP das lavouras foi estimado em R$ 26,35 bilhões, o que representa uma queda de 1,71% frente ao valor obtido em 2013, que era de R$ 26,8 bilhões. A redução da renda gerada por produtos importantes, como o feijão e milho, foi a responsável pelo resultado negativo. Mesmo assim, outros produtos como o café e o algodão, vem apresentado resultados favoráveis.

Em maio, a renda estimada para a cultura do café em 2014 ficou em R$ 9,2 bilhões, o que representa uma elevação de 12,94% frente ao VBP registrado no ano anterior, que era de R$ 8,15 bilhões. A retomada dos preços é o principal fator que justifica o incremento. No acumulado de 2 de janeiro a 30 de maio de 2014, os preços pagos pelo café apresentaram alta de 43,05%, passando de R$ 281,7 por saca de 60 quilos, para R$ 403 por saca. A variação positiva foi fundamental para elevar o valor da lavoura cafeeira em Minas Gerais.

Já para o algodão em caroço a expansão estimada para o VBP foi de 39,7%, alcançando R$ 328,7 milhões. O aumento dos preços e a expansão de 1,8% na safra mineira são fatores que contribuíram para a elevação da renda.

A produção mineira de banana foi avaliada em R$ 956,5 milhões, aumento de 3,63%. A laranja teve o VBP alavancado em 33,4%, com os pomares avaliados em R$ 675,6 milhões.

O incremento de 32% na estimativa de produção de trigo em Minas Gerais e os preços elevados no mercado fez com que a avaliação da cultura registrasse alta de 20,07%, fazendo com que o VBP fosse calculado em R$ 113,7 milhões.

Retração - Ao contrário dos resultados positivos, importantes produtos registraram desvalorização. A renda estimada para a produção de cana-de-açúcar ficou em R$ 4,47 bilhões, retração de 6,12%.

O VBP da soja apresentou variação negativa de 1,11%, somando R$ 3,74 bilhões, frente aos 3,78 bilhões gerados em 2013.

A cultura do feijão foi avaliada em R$ 1,16 bilhão, representando uma queda de 25,5% frete o VBP observado em igual período anterior, que era de R$ 1,56 bilhão.

No caso do milho, a desvalorização das lavouras do cereal foi ainda maior. De acordo com os dados do Mapa, a produção mineira foi avaliada em R$ 2,44 bilhões, queda de 26,2% frente aos R$ 3,31 bilhões registradas em igual período de 2013.

O VBP da batata-inglesa ficou estável, com a cultura avaliada em R$ 1,5 bilhão.

Pecuária - Assim como nos resultados das lavouras, o Valor Bruto de Produção (VBP) da pecuária de Minas Gerais encerrou maio com queda de 3,29% e a produção avaliada em R$ 15,5 bilhões. No segmento, a queda foi provocada, principalmente, pelos resultados negativos do frango e suíno.

Os dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) mostram que, em maio, o VBP estimado para os suínos no Estado ficou em R$ 1,17 bilhão, retração de 16,9%, frente aos R$ 1,42 bilhão registrados em igual mês de 2013. No caso do frango, a retração de 15,4% fez com que o VBP caísse de R$ 3,11 bilhões para R$ 2,63 bilhões.

O desempenho dos bovinos também foi negativo. A queda no VBP foi de 3,48%, reduzindo a avaliação da produção de R$ 4,3 bilhões, para R$ 4,2 bilhões.

No setor pecuário, apenas a produção de leite e de ovos apresentou resultados positivos. No caso do leite a valorização foi de 4,58% com VBP estimado em R$ 6,64 bilhões. Já nos ovos a produção foi estimada em R$ 868 milhões, aumento de 6,73%. 

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