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Cai negociação de boi gordo da BM&F; milho lidera no semestre

De janeiro a junho de 2012 foram 292,77 mil contratos negociados


A BM&FBovespa registrou queda de quase 30 no volume de negócios de contratos futuros de boi gordo no primeiro semestre de 2012, na comparação com os seis primeiros meses do ano passado, segundo dados divulgados nesta quarta-feira pela instituição.

De janeiro a junho de 2012 foram 292,77 mil contratos negociados, ante 416,05 mil contratos no ano anterior.

Para o analista Alex Lopes da Silva, da Scot Consultoria, especializada em pecuária, a explicação é o "mercado baixista" neste ano.

"A chance de ter boi mais barato (no mercado) neste ano é maior do que tínhamos no ano passado", disse ele. "São poucos os pecuaristas que se protegem," acrescentou ele.

Ele lembra que o mercado futuro é operado principalmente por especuladores e frigoríficos, que atualmente têm uma menor necessidade de se proteger de uma flutuação positiva.

SOJA E MILHO

Nos grãos, houve uma procura maior pelo mercado futuro da bolsa de São Paulo.

Os futuros de milho passaram, no primeiro semestre de 2012, a ser os mais negociados, com 305,27 mil contratos, ante 242,83 mil em 2011, aumento de 25,7 por cento.

Já a soja, embora ainda tenha um volume menor, deu um salto de 111 por cento nas negociações, passando de 15,84 mil para 33,52 mil contratos dos primeiros seis meses de 2012.

"Isso deve ser reflexo da volatilidade do mercado, fazendo com que o pessoal tente fugir do risco", avaliou o analista Steve Cachia, da corretora CerealPar.

"De uns tempos para cá o mercado tem se comportado de modo volátil, relacionado a questões econômicas, de oferta e demanda e de clima, com as tendências não tão claras", disse ele, justificando uma maior procura pelo travamento de preços no mercado futuro.


CAFÉ

As negociações de futuros do café arábica registraram forte queda na BMF&Bovespa no primeiro semestre de 2012, com 146,43 mil contratos, ante 247,61 mil contratos no mesmo período de 2011, queda de 41 por cento.

Para o especialista Eduardo Carvalhaes, baseado em Santos, os motivos não são claros. No entanto, ele aposta que houve uma maior busca por hedge na bolsa de Nova York.

"As peças estão se rearranjando (no mercado de café). O Brasil, maior produtor do mundo, está se tornando importante também no mercado de cafés finos", disse ele. (Por Gustavo Bonato)

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