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Cal e cana-de-açúcar: união indissolúvel

Desde o momento do plantio até o refino e a produção de álcool combustível


A utilização da cal nas atividades agrícolas tem proporcionado grandes melhorias nas condições de vida no campo. Ela ajuda a aumentar a produtividade das colheitas, pois corrige a acidez do solo; melhora a sua porosidade e permeabilidade; e ainda tem ação nutriente, favorecendo a ação da matéria orgânica adicionada ao solo para adubação e nutrição.


No setor sucroalcooleiro, o uso da cal é feito desde o momento do plantio até o refino do açúcar e a produção de álcool combustível.

A cana-de-açúcar é propagada a partir de cortes ou "gemas" até um metro de comprimento, plantadas em sulcos. Mudas crescem de brotos sobre essas seções da haste. No Brasil, cinco ou seis safras podem ser colhidas antes do replantio. Na hora do replantio é verificada, por meio de amostras, a acidez do solo. Se for verificado um pH menor que 5,5 (solo ácido), com teores insuficientes de cálcio e excesso de alumínio ou manganês, como se verifica na maior parte do País, é feita a aplicação da cal para uso agrícola para corrigir o problema. Isso favorece a disponibilidade de nutrientes e a atividade de micro-organismos no solo e também permitirá que a adubação seja plenamente aproveitada pela planta.

Para os produtores, com o aumento dos insumos e preços altos de fertilizantes, a aplicação da cal para uso agrícola faz com que se reduzam também as perdas financeiras, aumentando a produtividade da lavoura.

Depois da colheita, a cana-de-açúcar vai para moagem, onde é lavada, picada e desfiada, e, depois, repetidamente, misturada com água e comprimida por rolos. O suco coletado (garapa) contém até 15% de sacarose, enquanto os sólidos fibrosos remanescentes (bagaço) são uma fonte útil de energia, servindo também de alimento para animais e fabricação de papel. Nesta etapa, a adição de cal neutraliza o pH do suco da cana-de-açúcar. Isso interrompe a quebra da sacarose em glicose e frutose e precipita algumas impurezas.

No caso da cana-de-açúcar utilizada para ração animal também se recomenda uso da cal para hidrolisar esse produto. Com o processo de hidrólise com cal, há aumento de consumo de até 30% pelos animais, além de melhor digestão. A cana hidrolisada para consumo animal também tem as vantagens de: poder ser estocada por até quatro dias; controlar a acidose e constante flora bacteriana ruminal; menor incidência de insetos e abelhas nos locais onde há cana hidrolisada; e pode-se transformar essa cana em feno e armazená-la a granel ou ensacada por até um ano.


Acompanhando uma tendência mundial e o comprometimento com as boas práticas socioambientais, em dezembro de 2009, ano do cinquentenário da entidade, a Associação Brasileira dos Produtores de Cal (ABPC) lançou um programa de qualificação para suas associadas: o Selo ABPC de Responsabilidade Socioambiental que visa qualificar empresas produtoras de cal com base em suas práticas de produção e gestão. Auditadas pelo Instituto Totum, organismo certificador acreditado no Inmetro, as empresas precisam comprovar seu alinhamento com as boas práticas de fabricação para obtenção do certificado, o que é feito por meio de indicadores de desempenho nas áreas de qualidade, meio ambiente, saúde e segurança, ética e responsabilidade social.
O programa, de adesão voluntária, estimula a promoção de uma postura ética e sustentável, de respeito aos trabalhadores, consumidores e ao meio ambiente.

Desde 1998 a ABPC também monitora a cal industrial, em parceria com a União Européia e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, visando controlar o produto destinado à produção de ração animal.

As informações são da assessoria de imprensa da Associação Brasileira dos Produtores de Cal.

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