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Calor e mistura de glifosato com dicamba aumenta poluição

Glifosato diminui o pH do dicamba, que com o calor é liberado mais ácido


Temperaturas mais altas e mistura de glifosato com dicamba levam ao aumento das concentrações atmosféricas deste último, de acordo com cientistas do Instituto de Agricultura da Universidade do Tennessee (UT), nos Estados Unidos. Tom Mueller e Larry Steckel, ambos professores do Departamento de Ciências Vegetais da UT, examinaram as medições do pesticida após uma aplicação no solo dentro de uma estufa. 

De acordo com os resultados do estudo, como esperado, mais dicamba foi detectado no domo da estufa à medida que a temperatura aumentava, com os maiores ganhos chegando quando as temperaturas ultrapassavam 85 graus. Os resultados também mostraram que em todas as faixas de temperatura, a adição de glifosato às formulações de dicamba aumentou as concentrações do segundo detectáveis no ar em 3 a 9 vezes em comparação com o herbicida sozinho.  

“Maiores detecções em altas temperaturas são consistentes com os achados anteriores, e também se correlacionam com o aumento das reclamações de deriva. Se o glifosato é um contribuinte para a volatilidade do dicamba, não existe consenso, mas nossos dados mostram que a adição de glifosato a uma solução de dicamba aumentou a detecção na atmosfera, o que indicaria um aumento da volatilização”, diz Mueller. 

Segundo Mueller, a explicação mais plausível para o aumento da detecção de dicamba foi que o glifosato diminuiu o pH da solução, resultando em mais dicamba sendo liberado na forma ácida, o que é conhecido por aumentar a volatilidade. Com esse ganho, aumenta o potencial de movimentação fora do alvo do herbicida e a lesão em plantas não tolerantes. 

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