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Cargill Agrícola amplia em 78% a moagem no Brasil

Um crescimento de simplesmente 100%. Esse foi o salto que a americana Cargill deu em seus negócios de trigo no Brasil


Um crescimento de simplesmente 100%. Esse foi o salto que a americana Cargill deu em seus negócios de trigo no Brasil. A empresa fechou o arrendamento de um moinho da goiana Emege Alimentos pelos próximos seis anos, com a opção de exercer a compra durante o período de vigência do contrato. "Muito provavelmente exerceremos essa opção", afirma Alexandre Guerreiro, diretor da Unidade de Negócio Farinhas da Cargill, lembrando que as operações da unidade terão início sob a nova administração a partir da próxima segunda-feira. O valor da operação não foi revelado.

Com o novo negócio, a capacidade de moagem da Cargill no Brasil cresce 78%, passando de 180 mil para 320 mil toneladas de trigo por ano. Antes do arrendamento, a empresa americana possuía apenas um moinho, localizado em Tatuí, no interior de São Paulo. "Estamos dobrando de tamanho e consolidando nosso foco de atuação, que é atender ao atacado, e não ao varejo".

A operação inclui também um acordo para o fornecimento de farinha de trigo para os pastifícios da Emege em Goiânia (GO) e Uberlândia (MG), bem como de farinha de misturas domésticas vendidas pela Emege. "Um dos objetivos deste negócio foi dar suporte à Emege, permitindo que a empresa concentre-se no foco do seu negócio, enquanto a Cargill dará toda atenção à sua atividade principal, que é fornecer ingredientes para a indústria alimentícia", diz Guerreiro.

Apesar de a compra representar um grande crescimento nos negócios de trigo da Cargill no Brasil, o executivo garante que a empresa não está passando por um processo de aquisições. "Se novas oportunidades surgirem, analisaremos caso a caso. No caso específico da Emege, a oportunidade se mostrou muito interessante, já que teremos o fornecimento exclusivo durante a vigência de todo o contrato", diz Guerreiro.

Segundo o Sindicato das Panificadoras do estado de Goiás (Sindipão), a Emege responde por 25% do abastecimento de farinha de trigo das panificadoras goianas. Em 2004, a empresa foi responsável pela compra de 80% das 100 mil toneladas de trigo produzidas no estado.

Incentivo à produção:

A produção de trigo no estado, aliás, será estimulada por intermédio da Cargill. Já está em andamento um projeto de estimulo à produção do grão em Goiás. "As sementes já existem e estão adaptadas à região. Iremos ensinar os agricultores a cultivar o trigo no sistema de irrigação. Em contrapartida, teremos contratos de fornecimento futuros com os produtores rurais que fizerem parte do projeto", afirma. A estratégia da empresa é comprar o máximo de matéria-prima brasileira, mas não descarta a possibilidade de ter que importar o grão da Argentina, maior fornecedor de trigo ao Brasil.

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