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Carne: exportação para a União Européia pode crescer 20%

A liberação de 287 municípios mineiros para exportação de carne bovina para a UE pode aumentar em 20% as vendas do Estado para o bloco


A liberação de 287 municípios mineiros para exportação de carne bovina para a União Européia (UE) pode aumentar em 20% as vendas do Estado para o bloco. A avaliação é do secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, Gilman Viana. “Este é o potencial de crescimento, mas ainda não podemos precisar quando isso irá acontecer”.

Segundo o secretário, as propriedades interessadas em exportar para a UE precisam se adequar ao sistema de rastreamento do rebanho (Sisbov) e passar por auditorias do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), como já acontece em outras regiões que não sofriam sanções.

Desde 1994, municípios mineiros das regiões Sudoeste, Sul e Central estavam proibidos de exportar para a UE por causa de focos de febre aftosa registrados no ano anterior. Mesmo com o reconhecimento da Organização Internacional de Saúde Animal (OIE) de área livre de febre aftosa com vacinação para todo o Estado, a UE mantinha a sanção para 287 municípios, tanto para propriedades quanto para frigoríficos. “Agora com a liberação, temos uma situação uniforme, com todo o Estado liberado para exportar para a União Européia”, comenta Gilman Viana. O rebanho dos municípios liberados soma cerca de seis milhões de cabeças, aproximadamente 25% do total de Minas Gerais.

A notícia do fim da sanção foi dada ao secretário na sexta-feira passada (12) pelo ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes. “As negociações estavam se desenvolvendo nos últimos anos. Em 2007, encaminhamos um relatório ao então Comissário para Saúde e Proteção do Consumidor da União Européia, Markos Kyprianou, explicando que a situação sanitária de Minas Gerais não justificava a permanência da sanção”, explica Gilman Viana. As negociações foram coordenadas pelo Ministério da Agricultura que obteve também a liberação para exportação pelos estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. A decisão passará por um processo de formalidade de ratificação pela Diretoria Geral para Saúde e Consumidores da União Européia (DG-Sanco), em reunião do Comitê Permanente da Cadeia de Alimentos e Saúde Animal, nesta terça-feira (16), em Bruxelas, na Bélgica.

Novas fazendas habilitadas

“A liberação pela UE demonstra a maturidade sanitária de Minas Geras, pois trata-se de uma bloco muito exigente”, comenta o secretário mineiro. Para ele, o anúncio da União Européia valoriza a carne mineira do mercado internacional.

O Estado detém a maioria das fazendas brasileiras aptas a fornecer carne bovina para os frigoríficos que exportam para o bloco. Na última atualização da lista da UE, Minas conta com 161 fazendas habilitadas, num total de 296 em todo o país.

Minas Gerais tem cinco frigoríficos autorizados a exportar para o bloco. São eles: Bertin (Ituiutaba), Frisa (Nanuque), Mataboi (Araguari), Independência (Janaúba), JBS-Friboi (Teófilo Otoni e Iturama). Nos oito primeiros meses deste ano, as exportações mineiras de carne bovina desossada para a União Européia somaram US$ 23 milhões.

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