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Cártamo: desafio é clima e aplicação industrial

Oleaginosas é apontada como alternativa à soja


Os dois maiores desafios enfrentados para a expansão do cultivo comercial do cártamo é a sua adaptação ao clima e a ampliação de seu uso pela indústria. “Vejo [o cártamo] com o mesmo potencial do girassol, como um óleo saudável, mas os seus líquidos são difíceis de serem usados pela indústria”, afirmou Francisco Morelli, consultor em Buenos Aires e ex-diretor da Cargill em entrevista ao Agriculture.com.

A visão sobre o cártamo é compartilhada pelo presidente da Oilseeds International, de San Francisco, John Gyulai. “Geograficamente é limitada a expansão, porque é plantada em áreas muito secas, como a Califórnia (Estados Unidos). O mesmo acontece na Argentina. Eu não vejo muitas pesquisas em andamento para popularizar o cultivo”, afirmou Gyulai.

Uma das decisões a se ter em conta para qualquer oleaginosa comercial tem a ver com a possibilidade de competir com a soja, no seu uso como óleo, farelo ou combustível. Na opinião de Morelli, a única verdadeira “ameaça” para a soja é o óleo de palma, que é ideal para climas tropicais.

A avaliação de Morelli é que a soja é a oleaginosa mais eficiente entre as proteínas vegetais, sendo que a palma é mais adequada como óleo de cozinha e o milho para energia. Ele considera que o mercado de oleaginosas tem futuro, com uma demanda que cresceu 5% anualmente de 2002 a 2014. De acordo com o especialista, o segmento deve crescer “variavelmente” numa média de 3% ao ano nos próximos anos.

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