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Caruru resistente ao glufosinato confirmado: SAIBA MAIS

A daninha desenvolveu resistência ao glifosato pela primeira vez no início dos anos 2000


Foto: Pixabay

Cientistas da Universidade do Arkansas confirmaram a presença de populações de caruru (Amaranthus palmeri) resistente ao glufosinato em dois condados do nordeste desse estado norte-americano. De acordo com Tom Barber, especialista em plantas daninhas da instituição, em alguns locais as invasoras foram entre 3,5 vezes e até 15 vezes mais resistentes ao glufosinato do que as suscetíveis.

“Atualmente, esse problema não parece estar disseminado no condado de Mississippi e Crittenden ou no nordeste da área de Arkansas com base em extensas projeções que estão ocorrendo nesta geografia. Embora seja lógico que vários outros campos provavelmente contenham pequenos segmentos da população de caruru que reduziu a sensibilidade ao glufosinato,” publicou Barber.

O Amaranthus palmeri é a segunda daninha a desenvolver resistência ao glufosinato nos Estados Unidos. Antes dele, o chamado azevém italiano (Lolium multiflorum, Festuca perennis) resistente ao glufosinato foi documentado no Oregon em 2010 e na Califórnia em 2015. 

O caruru é uma invasora especialmente agressiva e difícil de controlar, o que torna essa nova descoberta ameaçadora, principalmente para os produtores de algodão e soja, que estão rapidamente ficando sem opções de herbicidas para controlá-la. A daninha desenvolveu resistência ao glifosato pela primeira vez no início dos anos 2000, e desde então o glufosinato tem sido um dos pilares do controle.

“Esta descoberta representará o primeiro caso documentado de resistência de folha larga ao herbicida glufosinato no mundo. Não é uma grande surpresa que o Amaranthus palmeri tenha desenvolvido resistência ao glufosinato considerando seu histórico,” concluiu Barber.

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